I Care A Lot: Rosamund Pike as “Martha”. Photo Cr. Seacia Pavao / Netflix

‘Eu me importo’ surpreende, mas funciona?

Filme da Netflix traz diversidade, uma trama nada clichê, mas...

Eu me importo (no original I Care a Lot) é o novo lançamento da Netflix, com as estrelas Rosamund Pike (Garota Exemplar), Peter Dinklage (Game of Thrones) e Dianne Wiest (A Rosa Púrpura do Cairo), o filme é escrito e dirigido por J Blakeson e parece ser o que mais vale a pena na plataforma de streaming nesta semana.

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Chama a atenção a escolha de Blakeson por um elenco cheio de boas atrizes e atores, mas diversos. Rosamund é uma atriz fisicamente convencional, mas interpreta um casal lésbico com Eiza González, Dinklage tem talento de sobra mas nem sempre os produtores lembram e até ver Dianne com tanto espaço é interessante. Mas esta é uma trama sem heróis ou valores positivos: todos são vilões.

Marla Grayson (Rosamund) trabalha como curadora de pessoas que são consideradas inaptas para gerir seus bens pelo Estado. No processo, ela e sua mulher, Fran (Elza), roubam tudo o que podem e afastam todos de seus filhos até que morram. Durante uma busca por uma nova vítima, ela sequestra Jenniffer Peterson (Dianne), o que coloca o misterioso Roman (Dinklage) em seu encalço. É neste enredo em que nem as vítimas são vítimas que há espaço para a diversidade. Mas talvez a gente deva questionar se os poucos casal de lésbicas que surgem precisam ser tão sexualizados e com jeito de psicopata, por exemplo. Com a palavra, quem tem lugar de fala.

Apesar desse chiste, o filme traz boas reviravoltas e mantém a atenção do espectador até o fim. Sem tentar vitimizar ou santificar personagens que são desprezíveis, Eu me importo acerta em se comprometer apenas com o seu enredo.

Nota: 7

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Confira o trailer:

 

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