X-men ’97: a brasilidade e cuidado da série

Com atores brasileiros e até uma musica em português, produção mostrou um respeito com a cultura brasileira que ainda não é comum

Não é a toa que quando Roberto DaCosta diz “mãe” em X-Men ’97 você não notou nenhum sotaque norte-americano. O personagem é interpretado pelo ator brasileiro Gui Augustini. Alias, Nina Da Costa, mãe de Mancha Solar, também é interpretada por uma brasileira: a atriz Christine Uhebe. Ambos trabalharam como atores de voz e ao vivo em algumas produções brasileiras e internacionais, mas X-Men ’97 talvez seja sua grande estréia na TV.

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Não para por ai. Justamente na aparição de Nina, a personagem escuta uma musica numa lingua bem familiar. Embora a compositora Johanna Luz seja alema, é fluente em varios idiomas e Sozinho é uma canção bossa nova em portugues com jeito bem brasileiro. Confira:

Claro, como tudo na vida X-Men ’97 também foi alvo de criticas mesmo tentando acertar. O fato de Augustini ser lido como branco no Brasil acabou gerando algumas criticas ja que originalmente Mancha Solar é negro nos quadrinhos. Curiosamente, o mesmo não aconteceu quando em Novos Mutantes o também brasileiro Henry Zaga, de cor parecida, foi o escolhido para encarnar Roberto DaCosta em carne-e-osso. Vale lembrar que nenhm dos dois atores seria visto como branco fora do Brasil, mas como latinos. Além disso, é complicado acertar 100% em todas escolhas e pouca gente vai, de fato, procurar saber a cor do ator de voz.

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Na série original, o Brasil nunca foi citado e fica bacana ouvir DaCosta repetir palavras em brasileiro. Mesmo com esses problemas, X-Men ’97 parece uma grande evolução na representatividade latino-brasileira na TV.

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