‘Comédias para se ler na escola’ é mais um Veríssimo imperdível

Luís Fernando Veríssimo é um cronista eternamente necessário

Será muito complicado para qualquer nerd passar do primeiro texto de Comédias para se ler na escola. Não que as demais crônicas de Luís Fernando Veríssimo sejam ruins mas porque A Espada talvez seja um dos poucos exemplos de textos nichados do autor que escreve para um universo de risadas sem papo furado, abordando o nada com um estilo que faz qualquer um esquecer os enlatados norte-americanos. Leia.

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Muito antes de Seinfeld, por exemplo, diziam que o Brasil é o campeão mundial da crônica. Se for verdade, Veríssimo é o nosso Pelé e em Comédias para se ler na escola destrincha o universo infanto-juvenil das mais importantes futilidades que qualquer colégio pode nos fazer sentir ou lembrar. Por vezes , suas crônicas se confudem com contos em histórias deliciosas mas o enredo vale sempre menos que o estilo quando falamos do cronista gaúcho. Cada frase parece ser uma sacada curiosamente divertida que desafia qualquer ideia de que literatura não pode ser entretenimento.

“Senta primeiro” diz um pai estupefato ao fim de Espada apenas para embarcarmos em Marajá, como uma crônicas agridoce sobre amores. Um, dois, tres e O Recital são mais exemplos da verdadeira universalidade dos textos de Veríssimo. Uma verossimilhança Verossímil.

Nota: 10

 

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