Retorno de ‘Vicky e a Musa’ deixou a desejar

Segunda temporada de musical foi boa, mas inferior a primeira

Foi no mínimo estranho que a estreia da 2ª temporada de Vicky e a Musa tenha sido adiada por um mês sem motivo aparente, apenas um tweet de Erick Bretas avisando. Outrora prometida para 22 de dezembro de 2023, a nova temporada da primeira série musical do Globoplay chegou com seus 13 episódios em 24 de janeiro. Porém, com uma publicidade bem mais silenciosa que a da 1ª temporada e sem boa parte da graça.

Atenção: Contém spoiler da 1ª temporada.

Retornamos para o ponto em que fomos deixados: Vicky (Cecília Chancez) e seus amigos foram descobertos por Orlando (Hilton Cobra), o dono do teatro que os queria fora de lá. Não era surpresa que Euterpe (Bel Lima) resolveria esse problema como todos os outros, lembrando as pessoas de seu amor pela arte. E assim estava definido o plot central da nova temporada: os jovens de Canto Belo encenariam sua primeira peça para salvar o Teatro Parnasus.

Ver os adolescentes protagonistas ensaiando o mito de Orfeu e Eurídice ao som de músicas contemporâneas enquanto os dramas pessoais se desenvolviam foi divertido. Mas havia uma expectativa sobre o momento em que a divindade de Euterpe e Dionísio (Tulio Starling) fosse descoberta, especialmente por Vicky já que pra início de conversa foi a menina quem pediu ajuda da musa. Só que o foco em dramas de relacionamentos foi tão grande que o vínculo entre as duas ficou quase esquecido.

Vicky e a Musa tem retorno agradável mas inferior à primeira temporada da série
Vicky e a Musa tem retorno agradável mas inferior à primeira temporada da série

Sim, a série se chama Vicky e a Musa mas o que menos se viu nessa temporada foi interação entre as personagens-título. Houve dois ou três momentos em que Euterpe mencionou não poder ir embora sem terminar sua missão com Vicky, mas ela teve muito mais cenas românticas com Davi (Nicolas Prattes) do que inspirando a garota. E até Vicky pareceu mais centrada no quadrilátero amoroso em se viu inserida do que em seu amor pela música.

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Fora que outros plots, como a busca de Luara (Tábatha Almeida) por seu possível pai e os dramas românticos dos integrantes da Nossa Banda acabaram roubando o foco da protagonista. Verdade, a vida é feita de dramas, inclusive os românticos. Mas numa série de episódios curtos é preciso manter um foco, ou a premissa se perde.

A temporada contou com participações pra lá de especiais, como Jéssica Ellen, Leonardo Miggiorin e Nany People. Participações bem inseridas e que abrilhantaram a trama. No entanto, senti falta de um comprometimento maior com a premissa inicial e mágica e tanto encantou.

Ainda não se sabe se Vicky e a Musa terá uma 3ª temporada. Embora o plot central esteja resolvido, foi deixada uma pequena porta para que a história continue. Se isso vier a acontecer, espero que retome o brilho da 1ª temporada.

Nota: 7

Confira o trailer:

 

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