Se Druk era um filme sobre alcoolismo, Sala dos Professores é uma história sobre a pressão que uma professora de escola primaria pode sofrer. Em comum, ambos são produções sobre a realidade da Europa, muito diferente do que vemos no Brasil e em boa parte do mundo, o que talvez reduza a classe social latina para quem o filme do diretor Ilker Çatak pode fazer algum sentido embora tenha contado com uma indicação ao Oscar (Melhor Filme Internacional).
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Carla Nowak (Leonie Benesch) é uma dedicada professora de educação física e matemática que busca manter seu idealismo quando começa seu primeiro trabalho em uma escola. Quando uma série de furtos ocorre no colégio e um de seus estudantes é suspeito, ela decide investigar por si mesma e tentar mediar a situação entre os pais inconformados, colegas cheios de opinião e alunos agressivos, mas é incansavelmente confrontada com as regras rígidas da estrutura escolar. Quanto mais a jovem professora tenta desesperadamente fazer as coisas certas, mais vulnerável ela fica.
Çatak tenta criar um clima claustrofobico da psique de sua professora, com ares de princesa guerreira porém fica dificil nos envolvermos com o conflito de misteriosos roubos na escola para quem conhece vagamente os problemas que uma escola publica no Brasil sofre. Como Druk, Sala dos Professores perde a chance de ser universal ao explorar um conflito que somente soa dramatico para olhares europeus. Lógico, podemos (e devemos) usar o cinema como um jeito de olhar outra realidade. Mas este é um caso que revela como a vida de alunos e professores na Alemanha é muito diferente da nossa.
Se tudo isso não fosse suficiente para deixar de entender tanto barulho pelo filme, Sala dos Professores trai a si mesmo com um final pós-creditos que flerta com a zombaria. Poupe seu dinheiro.
Nota: 4
Confira o trailer de Sala dos Professores:
