Netflix e Marvel tiveram uma parceria para lá de bem sucedida. As séries Demolidor e Jessica Jones marcaram esta década tanto quanto os filmes de X-Men 1 e Homem-Aranha 1 carimbaram a anterior. Luke Cage chegou a afetar os servidores da plataforma de streaming, segundo produtores. Porém, tudo chegou ao fim com cada empresa indo para cada lado por um motivo simples: se tornaram concorrentes.
Afinal, com a Marvel indo para a Disney terá sua própria plataforma de streaming: a Disney+, assegurando uma forma poderosa de manter a narrativa audiovisual do Marvelverso. A empresa tem até comemorado o retorno dos direitos de algumas franquias. E como a Netflix tem se preparado contra isso? Consolidando e criando seu próprio fandom.
Netflix e Marvel: Code 8 é um exemplo de como a primeira vê a segunda como concorrenteE 2020, a plataforma de streaming lançou dois filmes relevantes: The Old Guard e Code 8: Renegades. Duas jornadas com potencial de virarem franquias e jeito de quadrinhos (a produção estrelada por Charlize Theron é adaptação de uma). Temos superpoderes, mundos inconfundíveis e até mesmo a chance de trocarmos atores e ainda termos um universo a explorar. Soa familiar? Nos dois casos, a história não acaba no filme, gerando possíveis debates sobre vários detalhes. E, claro, a presença de astros que garantem que chamem a atenção.
Lembre-se: a Netflix não funciona numa lógica que o mundo de entretenimento está acostumado. A sua lógica de relação com seus fãs tem mais a ver com um programa de sócio-torcedor de um clube de futebol do que com comprar ingresso para o cinema. Ou seja, interessa a plataforma que seus assinantes continuem por lá ou retornem ao serviço. Por isso, é tão importante que ter produções que gerem sempre novas histórias e renovem seus interesses pelo mesmo universo, que só encontra ali. Além de filmes, a plataforma também já garantiu sua dose de universo fantástico com produções como Ragnarok e Locke & Key. Tudo exclusivo.
A relação de Marvel e Netflix entra em um universo cada vez mais recorrente no mundo nerd. Não são mais só quadrinhos (como no século 20) ou só cinema (como na década passada) … É tudo ao mesmo tempo agora. E se você não tiver histórias poderosas, seus usuários irão assinar outro serviço, seja de um gibi ou não.
