‘Reality Z’ não é sério. O zumbi no Brasil nunca é levado a sério

Não assisti a versão original de Reality Z, transmitida na Inglaterra, mas minha impressão é que o objetivo da série é não se levar muito a sério. Se você conseguir, talvez dê para se divertir, ignorando que produções como The Walking Dead e Invasão Zumbi levam a possibilidade de um apocalipse de mortos-vivos de forma dramática e palpável. Cada um, cada um, cada lugar, lugar.

Em um dia qualquer, o reality show Casa dos Deuses transmite mais uma de suas eliminações. O que ninguém poderia saber é que a cidade do Rio de Janeiro está tomada por zumbis, que interrompem a produção e tentam invadir o estúdio, talvez o lugar mais seguro da cidade neste momento. O escritório não é na praia, está mais para um “Pocket Projac”.

A produção tem bons nomes a frente. Talvez o maior deles seja o diretor Claudio Torres (Redentor) que parece firme no propósito de fazer uma espécie de filme trash sem muitos dramas ou situações relevantes além de correr de zumbis. Destaque negativo para a atuação ruim de Ana Hartman (Nina), que decepciona como protagonista da série. Deixe estar como está.

Reality Z pode ser divertido se você não levar o filme muito a sério

Em contrapartida, Ravel Andrade (Sessão de Terapia) empresta verossimilhança a Leo. Ao lado de Natalia Rosa (Veronica) e Guilherme Weber (Brand) talvez sejam o único do elenco de Reality Z que se salvem em termos de atuações. De resto, uma confusão de berros e caretas para aumentar os sustos. Até os zumbis parecem mais preocupados em ter uma cara própria do que em serem mortos-vivos. Guerra.

Reality Z tem um mérito: acaba rápido. Talvez por isso valha a pena esperar uma nova temporada para julgar a série com mais maturidade e dramaticidade. Afinal de contas, os zumbis já ocuparam a tela com produções bem piores. “Não há mais ninguém como você e eu”, diria Chorão ao fim de um episódio.

Nota: 5

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