The Queen’s Gambit: Por que quem não joga xadrez amou a minissérie?

(E quem joga também)

Em 23 de outubro de 2020 a Netflix lançou uma verdadeira obra-prima. A minissérie The Queen’s Gambit (O Gambito da Rainha) é uma adaptação do livro homônimo de Walter Tevis, lançado em 1983 (nunca publicado no Brasil). A trama conta em singelos sete episódios a jornada de Beth Harmon (Anya Taylor-Joy), uma menina órfã que descobre nos porões do orfanato o amor pelo xadrez. E que conforme cresce se torna uma Mestre enxadrista.

Não, a sinopse por si mesma não soa muito atrativa. Principalmente quando lembramos a fama elitista e esnobe que o esporte possui. Porém, é aqui que mora o trunfo da história: Ao colocar o “esporte de ricos” como objetivo de vida de uma garota órfã, você simboliza aqueles sonhos “impossíveis” que todo mundo tem em algum momento da vida. E a minissérie vem ajudando a popularizar o esporte. Já que desde seu lançamento as pesquisas por termos e regras, bem como a compra de tabuleiros, vem aumentando consideravelmente.

Isla Johnston (jovem Beth Harmon) e Bill Camp (Mr. Shaibel) em cena no porão do orfanato

Mas não é só isso. O fato da produção atrair muitas pessoas que não são amantes do xadrez se deve muito ao fundo histórico da trama. Por se passar entre as décadas de 1950 e 1960 vemos aquela atmosfera tensa da Guerra Fria. Ao mesmo tempo em que apreciamos as mudanças no comportamento feminino que começaram a ocorrer na época. Afinal, quando se tem como protagonista uma menina que se transforma em mulher e que se sobressai num mundo dominado por homens, é impossível não tocar no assunto. Ainda há espaço para tratar de bullying e abuso de drogas.

Em se tratando de figurinos, cenários e efeitos especiais a minissérie é um deleite para os olhos. Tudo planejado e confeccionado a fim de fazer o espectador mergulhar na época e região que se quer que acredite que os personagens estão. Tanto é que apesar de retratar Estados Unidos, México, França e Rússia, não houve nenhuma cena filmada nesses países. Mas no Canadá e Alemanha. O canal Alemanizando no Youtube chegou a fazer um vídeo mostrando os locais nos arredores de Berlim usados nas gravações. No entanto, enquanto você assiste a série não dúvida nem por um minuto que os lugares mostrados não sejam o que dizem ser.

Anya Taylor-Joy (Beth Harmon) e Thomas Brodie-Sangster (Benny Watts) em competição de xadrez

Por fim, a trama conta com mistérios que a transforma num quebra-cabeça delicioso de desvendar. Além de personagens complexos interpretados por um elenco brilhante. Claro que Anya Taylor-Joy brinca de atuar dando vida à Beth. Mas o resto do elenco não deixa por menos, contando com nomes como Chloe Pirrie, Bill Camp, Thomas Brodie-Sangster e Harry Melling.

Caso você ainda não tenha assistido The Queen’s Gambit, não perca mais tempo! Corre já pro Netflix! E se já assistiu, conta pra gente o que você mais gostou.

Confira o trailer de The Queen’s Gambit:

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