Oscars 2021: apostas para a premiação de um ano atípico para o cinema

Maior premiação do cinema mundial ocorre no próximo domingo

Estamos vivendo tempos estranhos e doloridos. E a arte, como não poderia deixar de ser, está refletindo esta época terrível que, a contragosto, estamos presenciando como testemunhas vivas da História.

++ Oscars 2021: Saiba tudo sobre a premiação

Ainda não houve tempo dos indicados ao Oscar deste ano citarem diretamente covid-19 e isolamento social em suas tramas. Mas o balanço desta temporada espelha um cenário no qual salas de cinema do mundo todo precisaram fechar suas portas, e filmes importantes que possivelmente constariam na lista de indicados, como Duna (dirigido por Denis Villeneuve), Amor, Sublime Amor (o remake de Steven Spielberg) e The French Dispatch (de Wes Anderson), tiveram seus lançamentos adiados.

Com a ausência de produções mais ambiciosas dos grandes estúdios, filmes independentes conquistaram maior espaço na lista de indicados deste ano. E tivemos boas novidades no campo da diversidade. Por exemplo, pela primeira vez na história do Oscar temos duas mulheres concorrendo à estatueta de Melhor Direção (sendo uma delas Chloé Zhao, de Nomadland, a favorita destacada a fazer companhia à única diretora que já venceu este prêmio, Kathryn Bigelow, pelo filme Guerra ao Terror de 2008).

Na categoria de Melhor Ator, duas excelentes performances também fizeram história: Steven Yeun é o primeiro asiático-americano a ser indicado, por Minari, e o britânico Riz Ahmed tornou-se o primeiro muçulmano a disputar nesta categoria, pelo seu impecável trabalho em O Som do Silêncio. E, se no ano passado o Oscar de Melhor Filme foi merecidamente dado ao sul-coreano Parasita, porém acompanhado pela ausência de seu elenco nas categorias de atuação, em 2021 esta injustiça foi parcialmente corrigida pela indicação de Yuh-Jung Youn como a primeira atriz da Coreia do Sul a disputar uma estatueta, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, por Minari (sendo que ela já ganhou as premiações do Bafta e do Sindicato de Atores).

Nestes tempos em que o mundo inteiro precisou recorrer a plataformas de streaming para conferir os indicados de 2021, sigo com a tradição anual de arriscar os meus palpites para a premiação deste ano. Ei-los:

• Filme: Nomadland
• Direção: Chloé Zhao (Nomadland)
• Ator: Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
• Atriz: Carey Mulligan (Bela Vingança)
• Ator coadjuvante: Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
• Atriz coadjuvante: Yuh-Jung Youn (Minari)
• Roteiro adaptado: Nomadland
• Roteiro original: Bela Vingança
• Fotografia: Mank
• Figurinos: A Voz Suprema do Blues
• Montagem: O Som do Silêncio
• Maquiagem e Cabelos: A Voz Suprema do Blues
• Design de Produção: Mank
• Trilha Sonora: Soul
• Canção Original: “Husavik (My Hometown)” (Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars)
• Som: O Som do Silêncio
• Efeitos Visuais: Tenet
• Longa de Animação: Soul
• Documentário: Professor Polvo
• Filme Internacional: Druk – Mais uma Rodada (Dinamarca)
• Curta de Animação: If Anything Happens I Love You
• Curta de Documentário: A Love Song for Latasha
• Curta-Metragem: Two Distant Strangers

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