O Iluminado – The Shining

Para fechar com chave de ouro o mês de agosto, mês de desgosto, do Desafio Literário, resolvi encarar uma das obras primas do terror: O Iluminado.

SPOILER FREE

Foram duas semanas suando frio e em pânico pelo garotinho preso no hotel mal-assombrado por causa da neve! Gente, se o filme do Kubrick já é de tirar o sono, o livro é mil vezes mais forte! Eu fui ficando tão impressionada com a história que eu precisava compartilhar com meu marido de vez em quando só para dar uma aliviada… e eu me sentia naqueles acampamentos ou noites em que as crianças contam histórias de terror umas para as outras e que as crianças que estão escutando vão só arregalando cada vez mais os olhos! Nunca iria imaginar que os olhos do Caike pudessem ficar tão grandes 🙂

Detalhe importante: eu só contei a história para ele porque ele detesta livros de terror, portanto jamais pegaria no livro para ler.

Mas voltando ao livro, Stephen King realmente se superou. Eu já li outras obras dele, mas nada tão forte ou tão brilhante quanto The Shining (pun intended). E eu ainda dei sorte, porque consegui uma edição de bolso, novinha e em inglês, que tem uma introdução escrita pelo autor, sei lá, 20 anos depois do lançamento do livro, fazendo uma autoanálise sobre o sucesso da obra e porque ela foi um divisor de águas na sua escrita. Como não conheço tão bem as obras do autor (minha fase Stephen King foi rápida, e já faz muito tempo que acabou), não sei se O Iluminado foi realmente uma grande mudança na sua carreira. Mas que o livro é bom, isso é.

Uma das coisas que o autor menciona na introdução, e aí eu concordo mesmo, é que a profundidade do Iluminado está no fato do personagem Jack não ser apenas um monstro. Ele tem profundidade, não é só um cara enlouquecido. O seu passado (além da parte sobrenatural da história) poderia muito bem explicar por si só a sua loucura, tão bem interpretada pelo Jack Nickolson no filme, e é justamente isso que torna a história ainda mais arrepiante: ela ainda pode ser real mesmo sem os fantasmas.

E esse é um caso raro que eu indico ver o filme antes de ler o livro, porque ler o livro com a cara do Jack Nickolson na cabeça é muito assustador/legal, e o filme, apesar das suas adaptações, pega muito do clima do livro, então parece que você está vendo a versão estendida e melhorada do filme na sua cabeça. É uma experiência e tanto! Que me deixou genuinamente tensa. Além disso, o livro explica muita coisa que fica meio solta no filme, mas cujas imagens são fantásticas para a leitura, além de serem cult.

Uma muito merecida nota 10.

Arquivos

Leia Mais
Morbius
‘Morbius’ tem trailer oficial! Assista agora