3ª temporada de ‘Killing Eve’ mostra como destruir uma série

Killing Eve ou Killing Eve: Dupla Obsessão é uma série que conta a história da investigadora Eve Polastri (Sandra Oh), investigadora da inteligência britânica, perseguindo a misteriosa assassina profissional Villanelle (Jodie Comer), com óbvias tendências psicopatas. Porém, a medida que a perseguição avança, as duas antagonistas desenvolvem uma atração mútua na produção disponível na Globoplay.

A primeira temporada de Killing Eve, é a responsável por arrebatar uma legião de fãs. Ora pelo belo trabalho de Sandra Oh (conhecida pelos fãs de Anatomy’s Grey), ora pela atuação cativante de Jodie Comer, que parece ter se tornado uma virtude e problema para a série. Afinal, por mais carismática e apaixonante que Vilanelle seja ela ainda é uma psicopata e assassina. Não há um final feliz em um confronto desses.

Ou não deveria haver.

Killing Eve: confronto entre Sandra Oh e Jodie Comer é força e epitáfio da série
Killing Eve: confronto entre Sandra Oh e Jodie Comer é força e epitáfio da série

Se a segunda temporada aprofundava este conflito e transformava em paixão e obsessão, a terceira chegava para mostrar suas consequências. Se Eve (Oh) terminara com um tiro nas costas, como estaria depois de cometer todos os erros possíveis de uma agente? A jornada ainda começava com um início assustador com o assassinato de um dos personagens mais queridos do seriado. E agora?

Infelizmente, Killing Eve parece se apaixonado demais por Vilanelle também e esqueceu sobre o que a produção se trata. A jornada da agente Eve nesta terceira temporada se torna uma história inverossímil de autoridades que esquecem seus compromissos em nome de proteger uma sociopata que prova regularmente que é perigosa e seguirá matando enquanto estiver viva. A cereja do bolo é ver Carolyn (Fiona Shaw) perdendo sua frieza justamente no único momento em que ela seria justificável sem que haja uma razão. Se você tiver coragem e energia, interrompa a série a partir do episódio que Vilanelle vai a Rússia em busca de suas raízes. Dali para frente a série cai em um abismo sem fim terminando de forma constrangedora: o carinho pela antagonista em uma direção e o enredo em outra. Lamentável.

Nota: 5

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