Gina Carano fez seu mi-mi-mi e evitou assumir suas responsabilidades. Após nivelar vítimas de perseguições nazistas às críticas a conservadores negacionistas e ser demitida da série The Mandalorian, a atriz resolveu por a culpa no mundo e não admitiu seu desrespeito às vítimas do nazismo.
++Polêmicas tiraram Gina Carano de campanha da série
Em posicionamento oficial, a atriz fala de cancelamento, mas se esquece que apoiou Donald Trump, o presidente que encorajou uma invasão ao Capitólio Norte-Americano em que houve ameaças de mortes a deputados que defendem minorias nos Estados Unidos. Confira:
“Estou mandando uma mensagem a todos que vivem com medo do cancelamento pela máfia totalitária. Eu estou apenas começando a usar a minha voz, que agora está mais livre do que nunca, e espero inspirar outros a fazerem o mesmo. Eles não podem nos cancelar se a gente não deixar”, resumiu sem se desculpar em nenhum momento com judeus. Ou explicar quem supostamente viveria com medo: atletas de artes marciais mistas ou pessoas ricas e brancas?
Gina Carano nunca foi uma atriz talentosa, mas seus anos de experiência no UFC lhe deram gabarito para incríveis cenas de ação. Seria uma carreira promissora e Cara Dune era a personagem perfeita para isso, mas ela não parece ter valorizado o que ser um ator da franquia Star Wars significa.
No enredo original, Luke Skywalker (Mark Hammil) é um guerreiro revolucionário que deixa tudo para trás para lutar contra um regime autoritário. Apoiar gente como Donald Trump ou até mesmo Jair Bolsonaro é como gostar de Star Wars para torcer pelo Imperador Palpatine ou Darth Vader. Afinal, Léia é a princesa de uma rebelião, que recebe ajuda de um contrabandista e que pede a ajuda de um jedi considerado criminoso por um estado facista. Não é a toa que George Lucas usou palavras de George W. Bush para compor o discurso de Palpatine em A Vingança dos Sith.
É provável que a George Lucas LTDA e a Disney prefiram deixar Cara Dune de lado para esquecer o dia em que Star Wars infelizmente foi relacionada a ofensas abomináveis. Por outro lado, não deixa de ser curioso perceber que Gina não percebeu que interpretou uma ex-militar cansada de obedecer ordens de um Império autoritário que não liga para seus cidadãos. Talvez um dia ela note seu erro.
Até lá, os fãs que lhe sobraram podem conferir o que ela fará em projetos feitos e financiados por conservadores. No texto acima, a atriz celebrou o convite para fazer um projeto financiado pelo The Daily Wire, site de opinião conservadora criado pelo comentarista político Ben Shapiro. É um grande declínio para quem um dia esteve em casas de todo o mundo pelo Disney+, mas talvez seja compatível com alguém incapaz de enxergar seus próprios erros. Daqui para frente, Gina vai produzir filmes apenas para sua própria bolha, bem menor do que o público que ama Star Wars.
