‘Free Guy’ é mais do que só bons efeitos visuais

Diversão sem leviandade.

Com sua estreia adiada diversas vezes por causa da pandemia, Free Guy: Assumindo o Controle (no original, apenas Free Guy) chegou aos cinemas em agosto de 2021. Disponível no catálogo da Star+ desde 26 de janeiro, o filme que concorre ao Oscar de Efeitos Visuais traz uma história que pode não ser muito original, mas possui uma aura revigorante.

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O pacato bancário Guy (Ryan Reynolds) vive feliz a sua vida monótona em Free City, até que seu caminho cruza com Molotovgirl (Jodie Comer). Ele se encanta por ela e começa a questionar o mundo em que vive, o que é só o primeiro passo para descobrir que ele não passa de um NPC (sigla em inglês para “personagem não jogável”) em um jogo de RPG. Enquanto no mundo real, Millie (alter ego da Molotovgirl) luta para conseguir provas de que o código criado por ela e seu amigo Keys (Joe Keery) foi roubado por Antwan (Taika Waititi) para a construção de Free City.

Por não ser uma fã assídua de games, confesso que o que me atraiu em Free Guy foi a similaridade da premissa com O Show de Truman. Filme onde o personagem de Jim Carey descobre que sua vida não passa de um programa de TV. Porém, Free Guy é muito mais que um filme para gamers. Pois você não precisa sacar todas as referências para se envolver com a história, se divertir e se emocionar.

Free Guy junta Jodie Comer e Ryan Reynolds em trama interessante
Free Guy junta Jodie Comer e Ryan Reynolds em trama que vai além dos ótimos efeitos visuais e constrói boa história

Em filmes que possuem duas linhas narrativas, uma geralmente se sobressai muito mais. Não é o caso aqui. A odisseia de Guy para exercer sua autonomia e a jornada de Millie e Keys para se reconectarem e acharem seu código dentro do jogo são igualmente interessantes. E o fato de que as pessoas do mundo real sabem tudo que se passa em Free City enquanto os NPCs não fazem ideia de que existe um mundo que os criou pode não ser novidade, mas é parte da graça do filme.

Mesmo não revolucionando o cinema ou reinventando a forma de contar histórias, Free Guy é um bom filme por um motivo simples: é fácil de se conectar. Você quer saber se os NPCs terão controle de suas vidas, da mesma forma que torce para Millie conseguir justiça. Essas coisas evocam à reflexões das nossas vidas, mas a mistura de gêneros do filme as trazem com leveza sem soarem piegas. E as reviravoltas, mesmo não sendo mirabolantes, não deixam a história ser previsível e permanecer envolvente até o fim.

Com história de Matt Lieberman, que escreveu os roteiros com Zack Penn, e direção de Shawn Levy, Free Guy é um filme 20th Century Studios. Talvez não se torne o filme mais memorável do ano, mas pode ser a diversão e frescor que você precisa.

Nota: 9

Confira o trailer:

 

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