Em Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith, Palpatine consegue usar a guerra contra a Federação do Comércio para adquirir mais poderes como líder supremo e, na sequência, anuncia uma guerra contra os Jedi que solidifica sua posição e isola ainda mais seu poder. Chamado de Perpetual War em inglês, este conceito exige que o líder entre em guerras constantes ou simplesmente uma contra inimigos vagos e que dificilmente terá fim. Por exemplo: guerra contra as drogas, guerra contra o comunismo ou, é claro, contra os jedi.
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Assim como Palpatine, o líder de extrema-direita e presidente do Brasil entre 19 e 22, Jair Bolsonaro, esteve constantemente declarando guerra contra muitos inimigos. Algumas vezes, era o comunismo – que costuma ser a desculpa favorita da extrema-direita brasileira para não aceitar o voto popular e distribuir ódio – outras era o Supremo Tribunal Federal ou até mesmo o Congresso. No geral, Bolsonaro era bom para ladrar até mesmo contra o presidente dos Estados Unidos porque ele nunca quis mesmo brigar. Só manter a população e seus eleitores tensos, engajados e aumentar seu poder. Algumas vezes ele conseguiu, mas em outras teve o efeito contrário.
Em Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith, Palpatine consegue alcançar este poder máximo sempre criando grandes eventos que deixem outros líderes e pessoas com medo e assumindo ser a única liderança viável para derrotar algum inimigo invisível. Note que no último filme, ele é eleito Imperador pelo voto do Senado intergaláctico com direito a uma fala espetacular da Rainha Amídala interpretada por Natalie Portman:
Da mesma forma, líderes como Donald Trump irão respeitar a democracia apenas quando o voto popular concordar com suas opiniões e propostas. De qualquer outra forma, irão tentar tomar o poder pelo golpe. Palpatine fez escola.
