‘Cidade Invisível’ é um marco para a cultura brasileira

Yes, nós temos fantasia!

Antes de Cidade Invisível, a cena era muito comum entre jovens aficcionados pelo gênero fantasia. Sempre havia um fã que acreditava piamente não ser possível fazer grandes histórias de fantasia ambientadas no Brasil. Afinal, não temos elfos e os vampiros não poderiam sobreviver em um país com o sol tão tropical. Quem não tinha esse preconceito sempre sentiu falta de um argumento audiovisual e ele surgiu.

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Lógico, o Brasil tem grandes produções audiovisuais que talvez não tenham o merecido reconhecimento como o filme O Boto, de Walter Lima Jr., e O Sítio do Pica Pau Amarelo sempre foi um exemplo marcante. Mas faltava algo que alinhasse dramaticidade e popularidade por gerações em um canal tão popular como a Netflix. Esse tempo chegou.

Cidade Invisível se tornou uma produção comentada por influenciadores e streamers de cultura pop em todo mundo e, de repente, os brasileiros estávamos nos divertindo com a pronúncia estrangeira para saci ou curupira em uma inversão de papéis que a gente sempre quis ver. É a nossa história, nosso folclore, nossas atrizes e atores e, principalmente, a nossa fantasia ali do ladinho de produções como Sombra & Ossos e Sweet Tooth.

Em tempos de discussões sobre aquecimento global e sustentabilidade, Cidade Invisível ainda ajuda no debate e coloca todo seu universo centrado sobre a necessidade de proteger o meio ambiente como a cultura viva do Brasil. Não é a toa que aqui no POPOCA decidimos referenciar a primeira temporada como a série que o país queria ver. E que essa segunda temporada seja não só uma consolidação, mas apenas mais uma etapa de um momento que veremos mais histórias sul-americanas escritas e produzidas por sul-americanos.

Definitivamente, a gente aprova! Afinal, além de bananas agora podemos berrar que também temos fantasia.

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