Admirável Mundo Novo

Admirável Mundo Novo retrata um futuro que vivemos?

Obra máxima de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo segue a rotina dos Desafios Literários de Agosto ao descrever um futuro distópico numa Londres no ano 2540 (632 DF- Depois de Ford, espécie de divindade no universo da trama), o romance antecipou a tecnologia reprodutiva, hipnopedia, manipulação psicológica e condicionamento clássico, para mudar profundamente uma sociedade.

A descrição de Ford como algo messiânico é um trocadilho com lord (senhor) em inglês. Os personagens repetem a expressão “oh, Ford” por isso. Muito mais importante do que as tecnologias que antecipou, é o clima de tensão e distopia de Admirável Mundo Novo o mais marcante do romance. Afinal, vivemos em tempos de delírio, desespero e de exaltação de ignorância em nome da fé. A diferença é que estamos em um meio a xiitas de um cristianismo rouco e não de um fordismo travestido de religião científica.

Entre esta hipotética civilização ultra-estruturada (apenas para obter a felicidade de todos os seus membros, qualquer que seja a sua posição social) e as impressões humanas e sensíveis do “selvagem” John, tão exótico que cria um fascínio estranho e sexual entre seus habitantes. Aldous Huxley escreveu, mais tarde, outro livro, chamado Regresso ao Admirável Mundo Novo, um ensaio onde falava das “profecias” realizadas graças ao progresso científico.

Entre tantos problemas, o livro não é 100% bem sucedido ao retratar o futuro que vivemos. E sim o que estamos buscando.

Nota: 9

 

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