A vida é muito curta para perder tempo com “The Witcher”

The Witcher tem tudo para dar certo. Baseado em um mundo inconfundível, que fez sucesso em livros e games, um ator estelar como Henry Cavill e um orçamento decente. É inacreditável que o resultado final seja tão ruim, mas é o que temos. Do início ao fim, a nova série do Netflix fica em algum lugar entre o entediante e o horroroso.

Talvez desnecessário?

É provável que haja produções universitárias com menos erros técnicos do que a série. The Witcher possui efeitos especiais injustificavelmente ruins, erros de direção e ângulos toscos para retratar cenas dramáticas. Tudo feito sem um pingo de respeito pela inteligência de espectador. Não há um ser fantástico convincente e nenhum efeito especial parece ser 100%. A não ser que estejamos falando dos anos 80, época em que os efeitos parecem ter sido feitos…

Repare, por exemplo, no Fauno que surge nos primeiros episódios ou no príncipe amaldiçoado. Suas caracterizações e máscaras são absolutamente inexpressivas. Talvez sejapossível ver alegorias no carnaval do Rio de Janeiro (ou até no de São Paulo!) melhores do que aquilo. A que ponto chegamos?

É difícil crer que um ator como Henry Cavill tenha topado fazer parte de algo tão ruim. Aliás, o ator é uma das poucas coisas boas da série com uma atuação acima da média entre os demais protagonistas do universo The Witcher.

O intérprete do Superman faz o possível para defender o papel de protagonista, mas sucumbe diante de um roteiro previsível e uma direção pouquíssimo inspirada. Vale ressaltar as atuações de Anya Chalotra (Yennefer) e Jodhi May (rainha Calanthe), que também se destacam no elenco.

Os diálogos são excessivamente verborrágicos e clichês, com pouca ação dramática demonstrando quem são os personagens e suas motivações. Tudo é descrito através de frases artificiais e preguiçosas. Até mesmo as cenas de ação que poderiam salvar, decepcionam na maior parte do tempo com coreografias ruins e efeitos de computação gráficas inverossímeis.

The Witcher é uma decepção pelo que poderia ser e não conseguiu ser. As três tramas ocorrendo em datas diferentes são um recurso interessante, mas que se torna confuso diante de tantos erros e não sustenta a história por si só. A Netflix tem dúzias de opções mais interessantes para você assistir ou para a carreira de Cavill. Não perca seu tempo.

Nota: 3

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