Depois de A Identidade Bourne, Robert Ludlum publicou A Supremacia Bourne seguindo a jornada de um Jason Bourne em busca de autoconhecimento e de se encaixar na sociedade. Infelizmente, se no primeiro livro o estilo verborrágico e excessivamente denso do autor encaixava com seu ritmo, neste segundo livro a história carece de muitos elementos.
Jason Bourne vive protegido por um novo emprego de professor universitário até que é acionado pela mesma CIA que tentou lhe matar enquanto não esclarecia porque estava com amnésia. O ex-agente segue desconfiando de seus antigos chefes assim como sua mulher Marie, com quem desenvolveu uma relação no primeiro livro. Os dois, aos poucos, descobrem que foram amarrados em uma trama nada fácil de se desgrudarem com a intenção de serem usados para derrubar inimigos do governo norte-americano.
A Supremacia Bourne tem boas ideias, mas se perde em maldições bem previsíveis de continuações. Há um excesso de personagens do primeiro livro que retornam, seja para se redimirem ou por motivo nenhum. Enquanto isso o próprio Bourne evolui pouco em sua jornada e mesmo tendo mais acesso às suas memórias segue sendo um eterno apaixonado por Marie (que não custa relembrar: foi sequestrada e violentada por ele em A Identidade Bourne) e que sempre sabe o que fazer mesmo de forma quase paranormal. Há pouca pesquisa ou explicações que tornem o personagem mais interessante e a impressão era que Ludlum se esforçou pouco para escrever.
De tudo, A Supremacia Bourne se salva em poucos momentos ainda que seja um livro necessário para fãs do autor e do personagem. A sensação de que poderia ser melhor é inevitável. E justificável.
Nota: 5
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