Watchmen: Um Pouco de Medo de Relâmpagos

Watchmen: Um Pouco de Medo de Relâmpagos dá destaque para Looking Glass (Tim Blake Nelson). A série da HBO tem uma pretensão clara de ser tão profunda quanto os quadrinhos ou outras produções. Um pouco de medo de relâmpagos é, curiosamente, uma exceção nos outros quatro episódios. Um capítulo didático, que praticamente desenha para o espectador as motivações de Looking Glass e traz um pouco da trama dos quadrinhos para neófitos.

Desde o início da trama, Looking Glass é, obviamente, um personagem com semelhanças com Rorcharch, que aqui existe apenas nos quadrinhos. Mas as semelhanças são apenas superficiais. Apesar do biotipo e de usar uma máscara que esconde completamente suas emoções, este é um personagem com enorme empatia (capaz de distinguir mentira e verdade) e avesso a violência.

“Eu não tenho amigos” é uma fala pobre dita pelo personagem em um episódio com poucas tramas ao contrário dos últimos. Embora Sister Night (Regina King) e Laurie Blake (Jean Smart) apareçam, quase tudo é focado em uma investigação solitária de Wade e de um pouco de seu passado atrás da misteriosa Sétima Kavalaria. Quase?

Claro, Ozymandias (Jeremy Irons) está ali e o grande mistério: onde está preso? Vai conseguir escapar? E quem é o misterioso Guarda Florestal que o cerca? Zzz…

Watchmen parece disposta a revelar as coisas em um ritmo lento enquanto dá novas perguntas para o espectador. É um jogo perigoso. Lost que o diga.

Entre seus enigmas, o episódio fecha com duas versões de Careless Whisper. A oitentista (e brega) na voz límpida de George Michael e uma versão mais indie folk com Nataly Dawn, lançada logo após a trágica morte do cantor. Do pop ao melancólico, Watchmen insiste em tirar as esperanças de um final feliz, mas preocupa nos desesperar em chegar a algum final de temporada decente.

Nota: 6

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