Você conhece Nair de Tefé, a primeira cartunista brasileira?

Teria sido a primeira do mundo? Há controvérsia

Nair de Tefé pode ser um nome indiferente para você, mas a história tem outra percepção. Ela foi a primeira mulher a desenhar e publicar cartuns no Brasil além de ter sido primeira dama ao ter sido a segunda esposa do marechal Hermes da Fonseca. Ela também usou o pseudônimo artístico de Rian.

++ Leia também: Petrobras cancela apoio a Anima Mundi e de 12 projetos culturais

Natural de Petrópolis e vinda de uma família de aristocratas, Nair estudou na França e publicou sua primeira caricatura em 11 de julho de 1909, na revista Fon-Fon: A Artista Rejane. Posteriormente, publicações como A Gazeta de Notícias, o Jornal do Commercio e outras publicaram seus trabalhos.

Seu casamento com o Marechal coincide com um período de interrupção de seus trabalhos na imprensa que se tornaram mais esporádicos. De acordo com este artigo da Pau Brasil #3, em 1923 o Marechal morre e Nair de Teffé passa a viver em um pequeno sítio em Niterói. Em 1955, ela é redescoberta pela imprensa e quatro anos depois tem seus trabalhos incluídos na coleção História da Caricatura no Brasil. Ela morreu em 1981 aos 95 anos, no mesmo dia em que nasceu.

O pesquisador Hermes Lima a considera a primeira caricaturista do mundo. Porém, em 1909, data de seu primeiro trabalho, a norte-americana Rose O’Neill criou a série The Kewpies, no Denver Post. Como as datas entre a estreia de Nair e Rose são próximas, é possível que a brasileira tenha sido mesmo a pioneira mas ainda não há uma evidência mais clara registrada na internet. Certo mesmo a importância de Nair na história da América do Sul e em qualquer discussão sobre a história das artes gráficas no mundo.

Confira o acervo de Nair clicando aqui ou entre em contato com o Museu Histórico Nacional, caso você seja pesquisador. Deixe nos comentários a sua opinião a respeito.

Arquivos

Leia Mais
Cinco filmes para entender o que acontece no Brasil