2018 foi o primeiro ano do Popoca (leia aqui nosso primeiro post) mas também um ano difícil para todos que acreditam no que acreditamos. Vimos uma onda conservadora se fortalecer, diminuir causas igualitárias e gente que não entende bem o que a cultura nerd/pop significa. Também foi um ano de perdas e listamos algumas aqui. Afinal, quais artistas perdemos em 2018?
Agildo Ribeiro
Com mais de 60 anos de carreira, Agildo Ribeiro, de 86 anos, morreu no dia 28 de abril, em sua residência no Leblon, Rio de Janeiro. Ele sofria de problemas cardíacos e já estava com dificuldade para se locomover.
Agildo vinha de uma família de políticos e militares, mas seguiu a carreira artística com sucesso. Entre seus sucessos, interpretou João Grilo, do Auto da Compadecida de Ariano Suassuna, pela primeira vez.
Ela é a voz de um perfil agredido e vilipendiado pelo mundo, mas também é um talento que encantou todas as gerações e perfis possíveis. Aretha Franklin cantou muito mais alto que todos os abusos e violência que o mundo lhe deu, entregando mais beleza do que poderíamos imaginar.
É quase impossível imaginar que alguém com sua trajetória pudesse se manter no topo. Mais inimaginável é conceber que pudesse surpreender mesmo no fim de sua vida. Em 2015, Aretha emprestou seu poder a Natural Woman para fazer um teatro inteiro se emocionar. O presidente Barack Obama chorou. Quem não choraria?
A vocalista do Cranberries foi sempre uma voz tão belíssima quanto interessante. Seu timbre singular e a extensão poderosa, sempre foram uma combinação que chamava atenção em cada canção. Com apenas 46 anos nos deixou, vítima de um afogamento no banheiro após intoxicação alcoólica.
R. Lee Ermey
R. Lee Ermey interpretou todos os piores tipos norte-americanos que pudéssemos imaginar. De seu reacionário general Harman (Nascido Para Matar), que no Brasil poderia ser vice-presidente, até um louco chefe de polícia em Massacre da Serra Elétrica. Os tipos com viés autoritário não vinham sem laboratório, Ermey era um veterano do Vietnã.
Avicii
Avicii talvez tenha pedido ajuda o suficiente, mas não pudemos ouvir como ouvimos hits como Wake Me Up. Com sérios problemas de saúde causados por alcoolismo como uma pancreatite e a retirada de um apêndice ele se retirou de turnês em 2016. As circunstâncias de sua morte ainda não foram esclarecidas.
O divertido mini-mim nos deixou em abril aos 49 anos, possivelmente por suicídio. Apesar de ficar mais famoso pelo seu papel em Austin Powers possuía mais de 50 créditos em diferentes participações em filmes.
Margot Kidder
É impossível dissociar Margot Kidder de Lois Lane. A atriz reuniu a determinação feminina da personagem, sem perder a inevitável leveza de alguém apaixonada pelo Super-Homem. Sua vida encontrou um ponto final, como nas matérias de sua personagem mais famosa, aos 69 anos, em maio de 2018.
Além de Lois, ela também ficou famosa por atuar em Os Monólogos da Vagina, na Broadway. Em 1996, voltou a ocupar o noticiário ao ser diagnosticada com bipolaridade e ser encontrada vivendo nas ruas.
Stan Lee
Muita gente o conhece por suas pontas, mas Stan Lee era bem mais que isso. O criador, que nos deixou em novembro, já era um ícone da Marvel e dos personagens. Partiu justamente a tempo de ver o universo que concebeu alcançar seus mais altos patamares de popularidades e tornarem-se uma influência pop poderosa pelo mundo. Que descanse em paz.
Se você lê o POPOCA regularmente pode não estar lembrando de Peter Dornat por seu papel em O Poderoso Chefão 2. O ator ficou mais marcado no mundo nerd por ser o pai de Fox Mulder (David Duchivny) em Arquivos X. Ele morreu aos 90 anos, em sua casa, na Califórnia.
Scott Wilson
Ele ficou conhecido por sua participação recente e marcante em The Walking Dead. Scott Wilson lutou contra o câncer e morreu aos 76 anos, deixando uma carreira de sucesso marcada por sua participação na terceira e quarta temporada do seriado. Os produtores esperam que seu personagem reapareça em um flashback na nona temporada.