O Espinafre de Yukiko

O Espinafre de Yukiko e a ‘nouvelle mangá’

É difícil mensurar o impacto de O Espinafre de Yukiko para os quadrinhos. Um mangá com pitadas de nouvelle vague, movimento cinematográfico francês que mudou o cinema, é uma história singela e romântica. Muito antes de 500 Dias Com Ela, versou sobre como o amor não-correspondido nos ensina sobre… O amor!

Um quadrinista francês, (o próprio Frédéric Boilet), vive no Japão e se apaixona pela linda Yukiko, mas que já está apaixonada por outra pessoa que não está na cidade. Eles fazem um pacto. Combinam que ficarão juntos até que seu amor volte e descobrirem um aos outros, sem nenhum compromisso maior do que este. Neste período, Boilet conhece mais o corpo e os traços de Yukiko, se apaixonando cada vez mais em uma relação fadada a magoá-lo.

Frédéric Boilet é um dos casos raros de autores ocidentais bem-sucedidos no mercado de quadrinhos do Japão. Seu estilo europeu dialoga com o nipônico e ele consegue usar bem as confusões que o choque de cultura causa. O nome da Graphic Novel é uma referência ao umbigo da sua musa. As palavras “espinafre” e “umbigo” são parecidas e isto gera uma gag entre os dois amantes assim como insinua uma descoberta da sexualidade da mulher que ama.

Se a arte de Boilet é delicada como um pêssego, seu roteiro é tão fluido quanto um rio. Como um “mestre zen do amor”, O Espinafre de Yukiko é uma história que nos ensina que o amor é um sentimento que se casa com coragem. Quebre a perna, pule como um saxofone na calçada e troque “espinafre” por “umbigo”. Mas não tenha medo de se machucar por amor.

Nota: 10

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