Jojo Rabbit
Jojo Rabbit

‘Jojo Rabbit’ busca ser a luz em tempos de escuridão

Jojo Rabbit traz a surreal história de um menino (Roman Griffin Davis) que ingressa na juventude hitlerista ao mesmo tempo que conversa com seu amigo imaginário: Adolf Hitler (Taika Waititi, que também dirige o filme). Não o líder nazista que aprendemos a temer, mas uma contraparte pastelona e atrapalhada. Em outras palavras: Jojo Rabbit é um filme que mostra alguma luz na escuridão do nazismo.

Das seis categorias que a produção concorre, a primeira merecidíssima talvez seja de atriz coadjuvante. Scarlett Johanson, que também concorre por Histórias de um Casamento, tem pouco tempo mas brilha na tela, especialmente na cena em que relembra ao seu pequeno como era seu pai. Há peso, leveza e… Luz.

Scarlett Johanson é a mãe do protagonista em uma atuação de brilho
Scarlett Johanson é a mãe do protagonista em uma atuação de brilho em “Jojo Rabbit”

O outra ponto de atenção está em Taika Waititi. Vendo a lista de indicados a melhor oscar coadjuvante é impossível não achar que seu “Hitler Imaginário” não merecesse a atenção da Academia. Tudo fica ainda mais impressionante com a direção delicada de Jojo Rabbit que aposta em algo difícil: trazer fofura no coração do nazismo, incluindo momentos de redenção para personagens que foram monstros em nossa história. Será que vale? O que esse filme nos traz nos momentos em que vivemos?

A direção minimalista recorre a várias atuações de comédia para “quebrar” o clima de monstruosidade nazista. Em dado momento, a fotografia do filme muda para um tom mais sombrio, que carrega o peso da história que se torna mais triste e melancólica. Em seu clímax, Jojo Rabbit traz uma esperança de paz e esperança, música e dança em meio aos destroços da guerra. Tudo vai melhorar. Talvez seja o único clichê de um filme tão pouco convencional.

Nota: 8

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