Biohackers é melhor como “sci” do que “fi”

Se você tem dúvidas se vale a pena assistir Biohackers, nova série da Netflix, podemos dizer de cara que sim. A produção, porém, não cumpre a expectativa que alguns sites cobraram de uma nova Dark, já que é uma outra produção alemã de ficção científica. É bem abaixo disso.

Na trama, a jovem Mia Akerlund (Luna Wedler) acaba de entrar para a faculdade de medicina. Atraída pelos estudos da biotecnologia, ela rapidamente ganha a confiança da professora Tanja Lorenz (Jessica Schwarz), uma renomada biocientista com quem tem uma relação sinistra em seu passado. Ao mesmo tempo, faz amizade com Lotta (Caro Cult), Xeng-Lu (Jing Xiang) e Ole (Sebastian Jakob Doppelbauer) enquanto seu coração fica dividida entre Jasper (Adrian Julius Tillmann) e Niklas (Thomas Prenn).

Quando se fala em “sci-fi” ou ficção científica, há um engano recorrente de que o lado científico precisa ser infalível. As leis da física devem ser aprovadas por cientistas, os cálculos de matemática precisam ser validados pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada e por aí vai. Mas isso nunca fez muito sentido. Afinal, o lado ficcional garante uma certa liberdade poética a questões da ciência em qualquer história. Desde que façam sentido no universo da história. Você não pode, por exemplo, transformar Neo em Matrix em um soldado geneticamente aperfeiçoado sem explicar como isso ocorreu na história.

Biohackers vale a pena pelos personagens e conceitos científicos. Porém, a trama podia ser melhor…

Tudo isso para falar que Biohackers é ótimo na parte científica. Os conceitos são explicados de forma didática e sem parecer forçada. É na trama que a série escorrega. Os últimos episódios comprometem toda jornada de Mia em uma solução forçada que inclui personagens que perdoam traições e falta de confiança porque sim. Aparentemente, nenhum universitário alemão teme expulsão ou prisão. Ou seja, é forçado.

Talvez por isso, o criador Christian Ditter tenha gasto um certo tempo em coadjuvantes carismáticos. Com destaque para Ole e Xeng-Lu, que conta com a irrepreensível atuação de Jing Xiang. Uma atriz de etnia asiática é o tipo de situação que fez bastante falta em Dark. Ponto para a produção.

Nota: 7

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