‘Bela Vingança’ subverte subgênero em tom feminista

Emerald Fennell acerta muito em estreia na direção

Indicado ao Oscar, Bela Vingança (Promising Young Woman) é uma grata surpresa entre os indicados ao Oscar. O filme é uma subversão de um subgênero que fez algum sucesso nos anos 80 e 90: histórias sobre mulheres violentadas que perseguem seus algozes. Só que neste caso, a direção é de uma mulher Emerald Fennell, que estreou na cadeira de diretora já com uma indicação. Faz toda diferença.

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No enredo, Cassandra (Carey Mulligan) passou por um evento trágico no passado e assume a missão de ensinar ao máximo de homens o que não devem mais fazer. Até que descobre que os responsáveis pelo seu trauma vivem livremente sem sofrerem as consequências pelo que fizeram.

Os detalhes de Bela Vingança são a parte mais divina de seu enredo. Embora o filme faça menção clara a abuso e estupro, não há uma só cena que exiba qualquer violência. Não há mortes gratuitas. Além disso, Emerald faz ótimo uso do humor em seu roteiro aliando cenas de perseguição, terror a… Risos. É um filme de horror quase fofinho de tão meigo. Mas tome cuidado. Cada virada no roteiro pode fazer você pular do sofá.

Entre os acertos de Emerald, vale bater palmas para um elenco afiadíssimo e bem escalado. Nancy Brown (Highlander) vive um divertido pai e até Jennifer Coolidger (American Pie) consegue desgrudar de seus últimos papéis. Claro que Carey é a ponta mais afiada desse cast, com uma interpretação divertida e dramática na medida certa.

Nota: 9

Confira o trailer:

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