Assistimos: Star Wars Resistance – 1a temporada

No dia 17 de Março de 2019 foi ao ar o ultimo episódio da primeira temporada da séria animada Star Wars Resistance. Será que vale a pena ou não investir seu tempo nestes 20 episódios? Vamos descobrir!

O que é Star Wars Resistance?

Quando a Disney comprou o universo Star Wars ela realizou o seu primeiro estalar de dedos do Thanos. De uma só tacada, todo o universo expandido de Star Wars desapareceu (se tornando Legends, mas não contava mais para a história oficial) restando apenas os filmes, alguns quadrinhos e livros em desenvolvimento, e série animada produzido por Dave Filloni: Clone Wars.

A série fez tanto sucesso que Filloni continou seu trabalho na animação criando a excelente série Star Wars Rebels Assim que a série terminou, em 2018, Star Wars Resistance foi anunciada.

Clone Wars se passa entre os episódios II e III e tem como personagens principais Obi-Wan Kenobi, Anakin Skywalker e sua aprendiz, Ashoka TanoRebels se passa entre os episódios III e IV, e mostra a consolidação do Império junto com o início da Aliança Rebelde.

Resistance se passa logo antes dos acontecimentos do episódio VII. Ela apresenta personagens novos, mas usa o piloto Poe Dameron, o dróide BB-8 e participações da General Léia Organa para lembrar a audiência que o desenho está ligado aos filmes mais atuais.

Do que se trata este desenho?

Em Resistance seguimos a história de Kazuda Xiono (ou Kaz), um piloto da Nova Republica que é recrutado por Poe Dameron para se tornar um espião da Resistência. Kaz é levado a uma estação de abastecimento chamada Colossus para poder reportar sobre as ações da Primeira Ordem, os vilões da atual trilogia da franquia.

Toda a primeira temporada gira em torno da vida de Kaz como espião e do dia a dia da plataforma e as pessoas que fazem parte dela. A história vai evoluindo conforme a Primeira Ordem vai expandindo sua influência na plataforma e os eventos do episódio VII cruzam com a narrativa.

Prós e contras

É impossível avaliar Resistance sem comparar com Clone Wars e Rebels. São todas séries do mesmo criador e tem como “missão” expandir o universo dos filmes ao mesmo tempo que apresenta novos personagens e aumenta o alcance de público da franquia. Tanto Clone Wars quanto Rebels sofreram críticas em suas primeiras temporadas pelo estilo de animação (CGI-3D) como pelo tom mais direcionado para um público mais jovem. Porém, ambas as séries se desenvolveram e se tornaram sucesso de público e críticas.

Resistance
sofre da mesma pressão: é uma série aparentemente mais infantil. Ela sofre também por centrar toda a história em apenas um personagem, Kaz, que não é exatamente um “herói” fácil de engolir. É trapalhão (para fins cômicos) e não se mostra muito inteligente. Seu charme vem de sua habilidade como piloto e coração bom. Pode ser que um público mais jovem se identifique com ele, mas um nerd velho como eu tem ressalvas.

Há outras personagens interessantes como: Yeager, o mecânico que acoberta Kaz; Os pilotos de corrida que defendem a estação; e Tam, a ajudante de Yeager. No entanto, essas personagens não têm tempo de serem desenvolvidas.

A animação de Resistance também é diferenciada. Apesar dela também ser animada em CGI-3D, ela ganha um tratamento em Cel-Shade, ganhando um visual mais próximo a animações japonesas. Esse ponto, para mim, é bastante positivo. Traz não só uma aparência diferente de outros desenhos como o resultado final é muito bonito.

Veredicto

Eu gostaria muito de ter gostado mais de Resistance. Sou fã do trabalho de Dave Filloni e de sua influência no universo de Star Wars. Esta série, no entanto, ainda não tem o encanto das anteriores. Há possibilidade de melhora, o final da primeira temporada traz esperança que novos rumos sejam explorados. Mas se julgar a serie apenas pela sua primeira temporada, ganha no máximo um 6.

Curiosidade:

Resistance, assim como Rogue I e Solo, procura contar histórias dentro do universo de Star Wars sem ter nenhum usuário da força nem Jedis. Por quanto tempo será que eles conseguem?

 

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