‘Emma’: bela superfície sem muita história

Anya Taylor-Joy faz o seu, mas produção indicada ao Oscar perde chance de contar boa história

Se há filmes feitos para atrizes e atores brilharem, há aqueles feitos para os profissionais de maquiagem, cabelo e figurino sorrirem. Emma, disponível na Globoplay, é um destes casos. Faltou apenas um pouco mais de atenção com todo o resto para ser um filme mais interessante.

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Como toda adaptação literária, o filme precisa encontrar um equilíbrio entre respeitar o livro de Jane Austen e contar uma história interessante. Para isso, conta com um elenco de respeito como a protagonista Anya Taylor-Joy (Gambito da Rainha) no papel de Emma Woodhouse, Mia Goth (Ninfomaníaca), Bill Nighy (A Livraria) e Josh O’Connor (The Crown).

Recursos não faltam, mas a sutileza é artigo raro em um enredo que fala justamente sobre relações em um universo semelhante ao de Ligações Perigosas, fartamente adaptado aos cinemas. Não há sexo ou cenas picantes, mas não é o que falta para tornar Emma interessante. Seus personagens são pouco críveis e bidimensionais, mas cuja natureza só aparece quando interessa ao roteiro, de Eleanor Catton.

A direção de Autumn de Wilde não melhora com pouca ação dramática e longas cenas para mostrar cenário e figurino deslumbrantes. Há uma equipe incrível por trás que merece ser premiada por isso. Mas é pouco para um bom filme.

Nota: 5

Confira o trailer:

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Querido e devotado Dexter