Vínculo de Sangue – Blood Bound (Mercy Thompson #2)

O segundo livro da série Mercy Thompson

Depois de ler O apelo da lua, confesso que fiquei um tanto vidrada na personagem Mercy Thompson e no texto da americana Patricia Briggs. Nem respirei entre fechar o primeiro volume e abrir o seguinte, o que me deixou feliz por ter deixado para ler a série depois de ter conseguido a maioria dos livros.

SPOILER FREE

Apesar das capas sugestivas, Patricia Briggs não segue a linha mais comum de fantasia com uma protagonista feminina (Mercy Thompson ) que seja recheada de cenas picantes, apesar do triângulo amoroso e de certa importância dos relacionamentos amorosos no enredo. Por um lado isso é interessante, porque sobra mais espaço para ação e adrenalina, por outro, eu gosto de cenas picantes, mas não acho que faça falta em Vínculo de Sangue, como ficou o título em português de Portugal.

Mercy Thompson Dessa vez, Mercedes, a mecânica de Volkswagen, por conta de estar devendo um favor para um amigo vampiro no primeiro volume, aceita ir com Stefan atrás de um outro vampiro. O que era para ser um encontro tranquilo, se revela um problema porque o tal vampiro controla um demônio, e coloca todos, inclusive os seres sobrenaturais da região em risco.

A partir daí, Mercy, que entre todos os tipos de seres sobrenaturais descritos no mundo criado por Patricia Briggs, é um dos mais fracos e frágeis, acaba sendo colocada numa posição complicada onde ela precisa caçar o tal vampiro ultra poderoso. E essa é uma das características interessantes da walker, apesar de se considerar sempre menos poderosa que todos ao seu redor, ela nunca se recusa a ajudar os amigos, e mesmo com os riscos ela sempre tenta fazer o que ela considera a coisa certa.

É um tanto quanto fascinante acompanhar uma personagem heroica como Mercy, mas que não é super poderosa. Ela acaba conseguindo vencer os obstáculos de forma inesperada, e mais por pensar e se comportar fora da caixa, do que por força ou magia ou poder. Diferente de um grande número de séries por aí, ela não é a escolhida, ela não é a mais poderosa e ela não tem um grande objetivo a cumprir.

Mercy é a heroína de ocasião, que só estava no lugar errado e na hora errada, e que, por um senso de obrigação doido resolve se meter na briga de cachorro grande. E claro ela não sai ilesa, o que torna a coisa interessante, porque ela sabe que tem coisas a perder e não vai sair inteira, mas ela vai mesmo assim.

Então, além de ter uma protagonista interessante, personagens secundários interessantes, e um mundo muito bem construído e pensado, Patricia Briggs escreve bem, e consegue entregar um enredo cheio de adrenalina e que termina com gosto de quero mais. Ainda bem que eu já tenho o próximo livro para ler. É simplesmente viciante.

Nota 9.

Arquivos

Leia Mais
‘Sonic 2’ é confirmado