12 vezes que ‘Bohemian Rapsody’ mudou o que houve com o Queen

Filme faz várias alterações artísticas na história real

Bohemian Rapsody é um filme extraordinário. Conta a vida e a obra do Queen de um jeito emocionante, mas como toda cinebiografia altera coisas aqui e ali para caber no tempo de um filme. Como você sabe, adorei o filme e achei essas mudanças corretas para fazer o roteiro funcionar. De qualquer jeito, listamos aqui doze vezes que Bohemian Rapsody mudou o que aconteceu com o Queen:

1- A reunião do grupo

Sabe aquela história de Freddie Mercury se apresentando a Brian May e Roger Taylor? Então, não foi bem assim. Na verdade, o cantor já conhecia os dois, justamente apresentado por Tim Staffel, então baixista e vocalista da Smile, banda pré-Queen. Inclusive, o Cantor das Canções cantava em outros grupos. Em 1969, a banda fez sua primeira aparição junta, mas os três já frequentavam o mesmo círculo musical.

2- Pedido de casamento

Sim, Freddie e Mary Austin noivaram. Mas ele não pediu sua mão daquele jeito… A Vanity Fair conta que Mary recebeu uma grande caixa como presente de Natal. Dentro, havia outra menor. E dentro outra… Até que ela chegou numa pequena caixinha com uma jóia de jade dentro. Emocionada, disse: “sim, aceito”.

Pessoalmente, achei essa forma bem melhor. E você?

3- Separação

Na verdade, após se confessar bisexual, Freddie não parou de pensar em Mary como sua esposa. E os dois não se distanciaram, continuaram convivendo juntos como grandes amigos e ele se referia a ela como seu grande amor.

4- Bohemian Rapsody

A cena em que um produtor musical recusa a canção como single nunca aconteceu. A única coisa real é que Roy Featherstone realmente achou Bohemian Rapsody longa demais. O resto é ficção…

5- A demissão de John Reid

A saída do produtor John Reid da banda não foi nada tão dramática. Não houve limusines ou estrelismos de Freddie, simplesmente o empresário decidiu sair. E saiu. Roger Taylor no documentário Days of Our Lives chegou a dizer que “tanto ele quanto a banda eram geniosos, portanto o Queen não temia o sujeito”.

6- Carreira solo

Na verdade, o Queen jamais rompeu para que Freddie seguisse carreira solo. O cantor queria sim fazer um trabalho sozinho, mas todos os demais membros já estavam fazendo coisa parecida antes. Inclusive, vale pesquisar e constatar que a carreira solo mais sólida foi de Brian May. Acho o trabalho individual de Mercury bem abaixo do Queen.

Inclusive, Taylor chegou a ser chamado por Freddie para fazer o backing vocal de suas músicas. O único ponto real é que apenas após uma proposta milionária da CBS o vocalista passou a pensar na hipótese.

7- Paul Prenter

Bom, algumas coisas são reais no filme: Paul Prenter existiu e sim, era um babaca. May e Taylor o odiavamnão gostavam da sonoridade de Hot Space e viam a influência do produtor nele. Mas Prenter ainda trabalhava para Freddie durante o Live Aid, mesmo já tendo dado entrevistas que revelavam a intimidade do cantor. Apenas depois de vender ao The Sun uma história bizarra em que o vocalista havia transmitido AIDS para duas pessoas que morreram ele foi demitido.

8- Live Aid

Parece incrível saber disso agora, mas a razão do Queen demorar a ser confirmado no Live Aid não foi pela banda. O Slate informa que o músico Bob Geldof, que organizava o show, tinha dúvidas se queria o grupo na apresentação. O motivo? O Queen havia se apresentado na Argentina, governada por uma ditadura militar, e na África, regida pelo apartheid e não eram então bem vistos pela comunidade do rock.

Quando Geldof finalmente os convidou, a banda hesitou. Mas o motivo não foi o babaca do Paul Prenter e sim porque não gostavam de se apresentar durante o dia e tinham dúvidas sobre o som na acústica do estádio. Felizmente, toparam e fizeram uma das maiores apresentações de todos os tempos.

9- Quando Freddie soube que tinha AIDS?

A data real não foi antes do Live Aid, em 1985. Segundo a imprensa, foi em 1987, ano em que o Flamengo se sagraria tetracampeão brasileiro. Inclusive houve quem criticasse o fato do filme relacionar o diagnóstico à decisão de participar do show, mas vale lembrar que se Bohemian Rapsody ignorasse o fato teria sido pior. Foi um tremendo acerto para contar a história com os valores certos.

10- Como Jim Hutton e Freddie Mercury se conheceram?

Hutton não trabalhou para o cantor como garçom. Na verdade, de acordo com a Vanity Fair, ambos se conheceram em uma boate gay londrino e Jim era um cabeleireiro na época. Mercury quis pagar uma bebida, mas ele recusou. Um ano e meio depois se reencontraram, mas sem listas telefônicas. Em outra boate gay. Fim.

11- Hutton e Mary Austin não se deram tão bem…

Toda aquela cena bonita dos amores de Freddie contemplando sua atuação ao vivo não combina muito com o que aconteceu. Segundo o jornalista Tim Teeman, Mary entrou na justiça e expulsou Hutton da casa do cantor em que vivia após sua morte, mesmo contra a vontade do cantor em vida. Com o meio milhão de libras que recebeu do Mr. Bad Guy, ele comprou duas casas e foi viver feliz. Longe de Mary.

12- Rock in Rio

No filme, a participação do Queen ocorre em 1981, quando o Flamengo se sagrava campeão do mundo. Mas na vida real o ano em que aquele show mitológico ocorreu foi em 1985, sim, no mesmo ano do Live Aid (o que talvez explique a mudança). Confira a apresentação abaixo, no canal oficial:

 

 

 

 

 

 

Lembra de outro detalhe? Diz para a gente que mudamos!

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