Mulher-maravilha 1984 tem como principal efeito reforçar os laços (com trocadilho) do fandom mundial com a atriz Gal Gadot, que dá o rosto para a princesa Diana em sua encarnação cinematográfica da personagem. Depois de Lynda Carter e de uma tentativa infeliz com Adrianne Palicki, parece que de uma vez por toda o sorriso nascido em Israel é sinônimo da super-heroína.
++ A série da Mulher-Maravilha que você nunca conheceu
Gal não é uma atriz conhecida por seus dotes dramáticos e filmes de super-herói nem sempre exigem muito de seus atores. Mas algumas vezes em Mulher-maravilha 1984 incomoda ver que ela está um degrau abaixo de seus colegas como Kristen Wiig (Barbara Minerva) e Robin Wright (Antíope) e mesmo Chris Pine (Steve Trevor). Era de se esperar que ela estivesse mais confortável no papel, mas parece ter dificuldades em encontrar as camadas necessárias a uma Diana que amadureceu e vive no mundo dos homens há algumas décadas.
Se passando nos anos 80, Mulher-Maravilha 1984 explora pouco várias questões oitentistas se limitando a piadas com a moda da época. A guerra fria parece quase esquecida e Diana Prince segue tentando se esconder de olhos humanos, o que soa quase inacreditável logo na primeira cena do filme. A direção e roteiro de Patty Jenkins não ajuda muito, especialmente nas cenas de ação que parecem pobres para um filme do gênero de super-heróis.
Depois de Mulher-Maravilha 1984, Gal tem o desafio de ser Cleopatra nos cinemas, o que exigirá muito mais do que a super-heroína. Será um bom teste para que ela se prepare para o terceiro filme da franquia, já confirmado pela Warner Brothers. Até lá, Mulher-Maravilha 1984 pode ser uma chance de acrescentar mais história à mitologia da personagem. Poucos filmes valem mais pela cena pós-crédito do que pela jornada usual da história. É o caso.
Nota: 6
Confira o trailer do filme: