Depois de ler os dois primeiros volumes de Monstress, O Despertar e Sangue, mal consegui me segurar e comprei sem me importar com o preço o terceiro volume lançado em Setembro de 2018 no mercado americano: Haven. Vício é uma coisa terrível para o bolso.
SPOILER FREE
O terceiro volume, Haven, ainda sem tradução para o português, me deixou tão ou ainda mais encantada do que os livros anteriores com os capítulos dessa saga. Não sei o que acontece, mas a arte da japonesa Sana Takeda me parece cada vez mais bonita. As escolhas estéticas realçam a narrativa, e dão um tom particular à história, intensificando a experiência de imersão na leitura.
Aliado ao visual realmente incrível, a autora Marjorie M. Liu me parece cada vez mais à vontade com as suas personagens, e outras histórias paralelas a de Maika ganham mais corpo e complexidade. É muito sangue, morte, destruição e jogo de poder! Em uma frase: estou apaixonada por Monstress. É o tipo de narrativa que segura o leitor e você mal consegue dormir pensando no que vai acontecer.
E a construção matriarcal do mundo, gente, que coisa linda de se ver. Quase morri de amor quando surgiu um possível casamento lésbico para fechar uma aliança entre estados. Não é por menos que a série tem ganho tantos prêmios, é muito merecido. Nada como quebrar paradigmas em épocas onde a sociedade parece que quer viajar para o passado. Ajuda a manter a esperança no futuro da humanidade.
O triste é que cada volume termina rápido demais, e agora eu não tenho a menor ideia de quando será lançada a próxima coletânea de seis capítulos. Não é a toa que pessoalmente eu não gosto de ler séries antes delas terminarem e eu ter todos os volumes em mãos. Mas às vezes acontece de eu iniciar uma sem saber que ela ainda está em andamento. E a culpa é minha, claro.
Marjorie e Sana são inocentes nisso, apesar de terem roubado o meu coração.
Nota 10.