‘House of The Dragon’ termina com início de guerra

Episódio 'The Black Queen' é emocionante e nos deixa ainda mais órfãos da melhor série de fantasia do ano

The Black Queen (‘A Rainha Negra’, numa tradução livre), último episódio de House of The Dragon, conseguiu o mais difícil: encerrar em alto estilo uma série que nunca parou de subir o nível na sua primeira temporada. Assim como Game of Thrones, a produção da HBO é uma novidade estupenda a cada capítulo, tornando-se imperdível. O horário das 22h de domingo quase se torna uma missa, porque todos os fãs têm devoção, expectativa e curiosidade de qual será a moral do prequel.

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Depois do golpe verde, Rhaenyra (Emma D’Arcy) é informada por Rhaenys (Eve Best) que sua coroa foi surrupiada dela. Tentando manter o respeito pelo nome de seu pai – alguns fãs podem esquecer, mas a nova rainha é alguém que acaba de saber que se tornou órfã e está abalada e hesitante por isso – e tenta evitar uma guerra que desunirá o reino. Mas como fazer isso quando seu direito de nascença é roubado de você?

Atenção para spoilers depois da imagem!

House of The Dragon: episódio consegue elevar o nível da série
House of The Dragon: episódio The Black Queen consegue elevar o nível de uma série que já era altíssimo

Chama a atenção o desenvolvimento de Rhaenys neste episódio. Se no penúltimo, ela já havia deixado muitas camadas ao não matar Alicent, aqui toda direção de The Black Queen nos conduz a achar que ela pode estar desconfiada da liderança de Rhaenyra quando é justamente o contrário. Um tremendo acerto de House of The Dragon que torna a decisão do Lorde Corlys (Steve Toussaint) em apoiar o pleito da nova rainha mais verossímil, especialmente quando ele nota que seus netos já estão apaixonados entre si e alegres com o noivado e futuro casamento.

Entre tantas homenagens que House of The Dragon faz ao finado rei Viserys, uma lembrança do clímax do episódio se ressalta. Ele sempre temeu o uso descuidado de dragões em conflitos e sempre fez esse alerta. O assassinato do príncipe Lucerys (Elliot Grihault) prova que os dragões são animais selvagens que os Targaryen têm um controle forte e frágil ao mesmo tempo. Além disso, se Aemond (Ewan Mitchell) possui um elo de montador com Vhagar, isso também significa que o dragão sentia, em algum grau, raiva do príncipe que tirou o olho de seu cavaleiro. Como armas de destruição em massa, os dragões também são suscetíveis às emoções de seus donos e podem cometer desatinos como… Devorar outro dragão e seu cavaleiro junto!

De tudo desse fechamento emocionante, a produção da série poderia ter nos poupado de mais um aborto traumático. Parece haver uma certa excitação em mostrar situações escatológicas ou brutais envolvendo natimortos quando uma direção de melhor gosto nos pouparia de ver corpos de bebês ou barrigas sendo abertas. É desnecessário e não combina com o padrão HBO.

Nota: 9

Confira o trailer do último episódio de House of The Dragon e discuta o assunto no nosso grupo no Facebook:

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