Bong Joon-ho, diretor de Parasita, é uma voz importante a ser ouvida quando o assunto é cinema. Afinal, ele é responsável pelo filme mais vitorioso da sétima arte em premiações cinematográficas. O cineasta deu um recado importante para o governo Jair Bolsonaro, em uma sessão especial do filme Bacurau:
“Espero que o governo brasileiro apoie mais a indústria de cinema brasileira e seus incríveis cineastas”, afirmou o diretor, que viu similaridades entre as duas histórias. De fato, Parasita e Bacurau são dois filmes que falam sobre as reações aos conflitos de classes, com uma elite econômica sofrendo com a reação de classes mais baixas. A diferença está em como cada um reage.. “A questão de comunidade é muito bonita em Bacurau. Só que infelizmente as pessoas das classes baixas em Parasita nunca ficam tão bravas”, revelou.
Conforme prometido durante a campanha, o governo Jair Bolsonaro assumiu com uma postura combativa contra o cinema brasileiro e a classe artística nacional. Buscando impedir filmes pelo seu conteúdo em um movimento de censura e pressionando pela liberação de filmes com viés fascista, o Planalto deu sua última cartada com a indicação da atriz Regina Duarte para o cargo de secretária de cultura. Ela assumiu falando em diálogo, mas talvez a cultura nacional precise de mais apoio, como diz Bong Joon-ho.