Como ‘O Falcão e o Soldado Invernal’ encerra uma alegoria do mundo

Série do Disney+ buscou ao longo de seis episódios falar de nacionalismo exacerbado, fanatismo e terrorismo

O Falcão e o Soldado Invernal acabou nesta sexta-feira (23) e quem conseguiu assistir online na Disney+ o derradeiro capítulo no disney+ já sente saudades. E com o fim da fase 3 do Universo Marvel nos Cinemas, temos o desenvolvimento de Bucky (Sebastian Stan) e… Do novo Capitão América (Anthony Mackie). Atenção para spoilers depois do link abaixo.

++ O Falcão e o Soldado Invernal: easter eggs

O sexto episódio referencia não apenas a própria série, mas todo universo cinematográfico para os mais aficcionados. Assim como com o Capitão América, Batroc é um vilão essencial para mostrar que Sam Wilson subiu de nível em termos de combate corpo-a-corpo. Por mais perigoso que seja o vilão, ele não vai ocupar o antigo Falcão por muito tempo, lembrando os gibis onde Batroc é um inimigo de terceira categoria. Note que essas semelhanças acontecem até nas cenas do vilão nos cinemas e na série da Disney+.

O Falcão e o Soldado Invernal se firma como uma alegoria dos tempos modernos em que temos nacionalismo exacerbado, racismo institucionalizado e gente que desistiu de combater isso pela via democrática. Algumas pessoas chamariam os terroristas Apátridas de guerrilheiros ou revolucionários e não tem nada de errado em pensar assim. A série acerta quando torna os personagens bidimensionais. Temos simpatia por Karli Morgenthau (Erin Kellyman) até ela assassinar Estrela Negra (Clé Bennett).

Afinal, a linha que a separa de Sam é tênue. Mas existe. É quando termina o herói e começa o vilão, ainda que seja o ponto mais ingênuo de uma série tão realista. E no meio disso tudo, claro, temos John Walker (Wyatt Russell) em sua eterna busca por provar que pode ser um herói. Mas será que é digno de ser o Capitão América?

Sam é um Capitão América mais humano, mais mortal mas isso dá mais valor às suas conquistas. E por não ter soro de supersoldado, talvez seja muito mais atento ao que a sociedade precisa de um símbolo como o Capitão. Quem dera o mundo tivesse mais gente assim.

Nota: 9

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Confira o trailer do episódio:

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