A primeira temporada d’O Legado de Júpiter agradou muitas pessoas e a série segue no top 10 Brasil da Netflix. Mesmo os fãs vão concordar que algumas perguntas ficaram sem respostas e outros pontos poderiam melhorar. Resolvemos reunir algumas por aqui.
++ O Legado de Júpiter: Vídeo detalhe efeitos especiais
Confira nossa lista:
Desenvolvimento e background de personagens
O Legado de Júpiter parece cometer um erro comum a The Boys: os coadjuvantes não têm nenhum desenvolvimento além de seus poderes. Um personagem com punhos flamejantes morre esmagado, mas não ligamos muito porque não conhecemos nada sobre seus sonhos e esperanças. Invencível, por exemplo, usa os cinco primeiros minutos de seu episódio piloto para um diálogo entre dois seguranças aparentemente desnecessário, mas que nos faz conhecer um personagem que correrá risco de vida em sequência. Desta forma, nos envolvemos e torcemos para que não morra.
Além dos protagonistas, temos pouco ou nenhum envolvimento com os super-heróis do mundo da série que adapta os personagens do Millarworld. Isso poderia ser resolvido com uma introdução de alguns minutos que conte uma pequena história sobre eles como ocorria em Deuses Americanos ou até mesmo com um spin-off em podcast.
Skyfox
Se no lugar da longa origem dos personagens víssemos mais de Skyfox talvez entendêssemos melhor seus poderes e até mesmo o rumo de outros personagens. Boa parte do ritmo de O Legado de Júpiter se perde justamente em uma longa narrativa de origem que não existe na Graphic Novel e acaba nos deixando curiosos de onde o personagem pode estar na época atual.
Uniformes menos coloridos
Talvez haja um certo exagero na forma como a direção de arte da série resolveu incorporar o visual clássico de super-heróis. Boa parte da União da Justiça tem um excesso de cores e roupas que deixam o enchimento muito evidente lembrando até filmes dos anos 90. É possível fazer um pouco melhor.
Conflitos
Aparentemente, tudo que envolve o código defendido por Utópico (Josh Duhamel) se resume a não tirar uma vida. Porém, nos gibis é mais amplo do que isso obrigando os heróis a não influenciar forças policiais ou a opinião pública. Desta forma, fica até difícil o espectador se envolver com uma postura beligerante do personagem.
A série poderia explorar, por exemplo, uma oferta de apoio a um candidato a um cargo público que se opõe a outro que quer proibir super-heróis. Também poderia explorar como os personagens usam seus poderes para conquistar sexo etc.