A Guerra do Amanhã traz uma premissa interessante: pessoas do futuro voltam ao passado para pedir a ajuda de seus antepassados porque estão perdendo uma guerra contra alienígenas algumas décadas adiante. Não tem como negar que é algo que prenda a atenção de qualquer um, mas apenas ao trailer ou a alguns minutos de filme. Para entreter ou convencer, é preciso mais do que uma sinopse.
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Chris Pratt (Guardiões da Galáxia) e Yvonne Strahovski (The Handmaid’s Tale) até fazem sua parte nesse sentido assim como o restante do elenco, entregando boas atuações. O problema é outro. Os dois primeiros terços de A Guerra do Amanhã entregam uma história pré-distopia sem nenhum niilismo ou ironia, apenas o medo e o desespero de um pai em falhar e comprometer o maior pesadelo paternal: comprometer o futuro de seus filhos. É um efeito poderoso, mas a produção da Amazon Prime Video quer um final feliz. E falta competência para chegar lá sem comprometer o enredo.
Em sua reta final, A Guerra do Amanhã se transforma em um filme B sem nenhum conflito e com um enredo arrastado apenas para resolver todos os problemas apresentados do jeito mais fácil. Um geólogo descobre o que nenhum cientista do futuro viu, um estudante secundarista lembra do que nenhum estudante do futuro lembrou e as famílias todas ficam felizes e perfeitas. Chega a ser piegas para não dizer edificante e sai completamente do rumo. Apesar disso, o filme conseguiu chamar a atenção se tornando a melhor estreia da Amazon Prime Video e já se discute uma continuação.
Porém, se o trailer e este filme bastaram para o sucesso, uma parte dois de A Guerra do Amanhã terá que fazer mais se quiser outros finais piegas em uma história como esta. É ver para crer. Ou torcer.
Nota: 6
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Confira o trailer do filme: