“Eu digo que valeu”, o jargão clássico de José Carlos Araújo, o Garotinho, para celebrar gols ou grandes jogos serve para descrever Veja Como Voam, último episódio de Watchmen. Tive muitas dúvidas desde o início da série até este apoteótico fim. Depois do terceiro episódio, achei que as coisas pudessem estar perdidas. Mas não estavam.
Palmas para Damon Lindelof.
Veja Como Voam começa mais focado do que nunca em adrian Veidt (Jeremy Irons, cada vez mais confortável em seu papel) e a confirmação de onde está. Se até aqui nos acostumamos a vê-lo como um sujeito quase idoso e fisicamente decadante, apenas com sua mente genial restando. O início do episódio deixa claro que não é assim. Afinal, na Graphic Novel, que gerou a série sabemos que Ozymandias é um homem que aperfeiçoa suas habilidades físicas e atléticas ao auge da capacidade humana. Um Batman Pós-Moderno.
Entendemos exatamente em que momento da série toda sua trajetória estava e onde estaria. Uma grande surpresa, com a cara do que Alan Moore concebeu décadas atrás, mesmo que o autor não aprove produtos com seu trabalho. A relação com Lady Trieu (Hong Chau) também é destrinchada, sem enrolação ou enganar o espectador.
Veja Como Voam é também um episódio que converge todas as tramas e personagens para seu clímax. A agente Blake (Jean Smart) retorna e, claro, Veid a chama de “Mrs. Jupeczik”, como deveria ser. E é claro que Angela Ambar (Regina King), a sister Night, também está de volta após viver seu melhor momento para encerrar sua trajetória.
Ainda não está confirmado uma sequência de Watchmen. E Veja Como Voam junta o plot para uma continuação no mesmo motivo para que as coisas acabem por aqui. É sempre melhor o fim em que possamos interpretar e imaginar como as coisas realmente acabaram depois do último take. Todas as melhores coisas têm um fim.
Por outro lado… Não era isso que a gente pensava de Watchmen?
Nota: 10