V de Vingança

V de Vingança: um grito contra o totalitarismo

Embora Watchmen acabe ocupando um lugar mais pop na cultura de gibis, Alan Moore também acertou no mesmo grau com seu V de Vingança, que também recebeu uma adaptação de qualidade duvidosa nos cinemas. A história é uma crítica a uma Inglaterra Tatcherista, que se desenhava como um regime autoritário e com um estado vigiando a todos. Os desenhos são de David Lloyd.

V de Vingança

Em um cenário tão reacionário como o atual, V de Vingança torna-se ainda mais importante. Após uma guerra mundial, a Inglaterra é tomada por um governo fascista. Na luta pela liberdade, um vigilante, conhecido apenas por V, utiliza-se de táticas terroristas para enfrentar os opressores da sociedade. Ele salva uma jovem chamada Evey da polícia secreta e encontra nela uma aliada e alguém que lembra dele mesmo.

No enredo escrito por Moore chama a atenção a evolução de V, Evey e dos personagens coadjuvantes em direção ao clímax da história. Sem recorrer a soluções fáceis como o filme homônimo, V de Vingança retrata uma busca por liberdade e inconformismo.

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A trama segue com diversos conflitos microscópicos e macro, culminando não com um final apoteótico e repleto de explosões, mas com um quê de esperança. A luta de V, Evey e contra todo um Estado de Exceção é de todos nós. Moore não oferece soluções fáceis para dizer que um regime pode ser derrotado por apenas uma pessoa. Mas uma pessoa pode fazer a diferença. Desde que todos aceitem que nascemos para sermos diferentes.

Nota: 10

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