Um fracasso chamado “Coringa: Delírio a Dois”

Bilheteria pela metade mostra o custo da falta de planejamento com os direitos das adaptações da DC Comics

A (excelente) newsletter do jornalista Rodrigo Salem sobre Coringa: Delírio a Dois revela a decepção que deve circular nos bastidores da Warner Brothers. Depois do sucesso do primeiro filme, havia a expectativa de US$ 80 milhões de bilheteria no primeiro final de semana, mas o resultado foi menos da metade:  US$ 40 milhões. “Número que o coloca no topo dos mais vistos no fim de semana, mas beeeem longe do que a Warner Bros. Discovery esperava”, lembra Salem.

++ Leia também: Precisamos de ‘Coringa – Folie à Deux’?

Coringa: Delírio a Dois é mais um retrato de como a falta de visão da Warner desgasta e banaliza os super-heróis da DC Comics. O diretor Todd Phillips entregou um filme interessante anos atrás, mas que tinha pouco ou nada a ver com o personagem dos quadrinhos em uma espécie de What If cinematográfico. Só que a sétima arte imprime uma marca na cabeça de uma geração como deixou no imaginário a ideia de que a origem oficial do Palhaço do Crime seria a da queda em dejetos químicos. Foi ótimo para o diretor, para Joachim Phoenix, que faturou seu primeiro Oscar, mas só atrapalhou o que seria o produto principal: o próprio Batman.

Coringa: Delírio a Dois fracassa em meio ao planejamento de James Gunn tentando reconstruir o DCverso com um Batman: The Brave & The Bold que não terá relação com os filmes dirigidos por Matt Reeves e a (excelente) série Pinguim. Parece que a Warner continua apostando em ganhar mais tratando histórias como laranjas na feira. Mas é bom lembrar que há frutas que estragam sem que ninguém as compre.

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