Tribes of Europa: Grande sucesso ou fracasso?

A nova distopia da Netflix

Desde o estrondo mundial que foi Dark ficamos ansiosos por ver qualquer coisa que saísse das mesmas cabeças que esta. E parecia que teríamos isso com Tribes of Europa, uma vez que a produção conta com Max Wiedemann e Quirin Berg. Ambos envolvidos com a produção de Dark. Mas não são criadores de nenhuma das duas. O que talvez explique a discrepância de qualidade entre as séries.

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A trama de Tribes of Europa se passa no ano de 2074, num mundo distópico onde as civilizações como conhecemos ruíram. Tudo por causa de um desastre ocorrido em 2029, chama de “Dezembro Sombrio”. Que fez as tecnologias mais avançadas pararem de funcionar, mas ninguém sabe ao certo o que o causou. A partir daí a Europa, e aparentemente o resto do mundo também, se divide em tribos.

Os protagonistas são os irmãos Kiano (Emilio Sakraya), Liv (Henriette Confurius) e Elja (David Ali Rashed) da tribo Origines, que depois de uma sequência de eventos têm seus caminhos separados. Os três lutam para reunir a família, mas a cada passo que dão parecem ficar mais longe de seus objetivos. Soa como uma trama cativante e interessante, mas não é bem o que se vê.

Liv (Henriette Confurius), Elja (David Ali Rashed) e Kiano (Emilio Sakraya), os protagonistas de Tribes of Europa

Diálogos fracos, ritmo inconstante, plots inconsistentes… São só alguns dos problemas. A verdade é que a série promete muito mais do que entrega. Praticamente metade da ação da temporada acontece no primeiro episódio, e a outra metade no último. Fazendo dos quatro episódios do meio uma simples ponte. Sim, a primeira temporada tem apenas seis episódios e não consegue tirar proveito do pouco tempo que tem na tela para desenvolver a história.

Mas admito, não é uma perda completa de tempo. Tribes of Europa ao menos consegue manter a curiosidade do telespectador. Muitos arcos foram deixados para a próxima temporada, que certamente virá. E para os saudosos de Dark, o elenco conta com Oliver Masucci interpretando um personagem bem diferente de Ulrich. Aqui ele é Moses, um picareta que traz alívio cômico à trama.

Cidade em ruínas, no universo distópico de Tribes of Europa

O criador Philip Koch disse em entrevista que a inspiração veio em 2016, quando o Reino Unido votou pela saída da União Europeia. O Brexit o fez entrar em choque, e imaginar um cenário pós-apocalíptico em que a Europa estivesse dividida em tribos que não conseguem concordar. Sob esse aspecto, espera-se que a série ganhe mais profundidade em conteúdo.

Pessoalmente, Tribes of Europa me lembrou muito Revolution. Série de 2012 que além de ter uma premissa bem parecida também era uma grande promessa por causa dos nomes envolvidos na produção. Porém, Eric Kripke, J. J. Abrams, Bryan Burk e Jon Favreau não puderam evitar o cancelamento na segunda temporada. Torçamos para que Tribes of Europa tenha um destino diferente.

Nota: 7,0

Confira o trailer:

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