The Boys é proibido para menores e se havia alguma dúvida disso a terceira temporada se obriga a encerra-la nos primeiros vinte minutos dos três primeiros episódios liberados pela Amazon Prime Video. Você quer sangue? Tem muito. Se quiser explosão, vai ter também. E até bizarrices envolvendo sexo entre superseres vamos ver. E surpresas.
A terceira temporada de The Boys parece destinada a estragar todas as previsões de quem já havia lido a saga em quadrinhos que inspirou a produção. Apesar de alguns novos personagens, tudo dava a entender que ainda haveria uma certa lineraridade com os gibis escritos por Garth Ennis e desenhados por Darick Robertson. Aparentemente, os produtores escolheram o caminho mais ousado de criar algo bem diferente, o que aumenta o nível de surpresas.
Depois da segunda temporada, Hughie (Jack Quaid) descobre rapidamente que Victoria (Claudia Doumit) pode estar por trás da forma abrupta com a qual se encerraram os últimos conflitos e não Tempesta (Aya Cash), que faz uma surpreendente aparição após ser descartada em comentários. Sem muita saída, Butcher (Karl Urban) começa a achar que escolher entre o mal menor e o mal maior pode ser uma saída quase aceitável. E talvez desejável?
A série tem mesmo muitas cenas escatológicas, mas isso faz parte de uma produção que toma para si olhar a hipótese de superpoderes muito mais longe do que qualquer filme Marvel. O que preocupa mesmo em alguns momentos é ver outros conflitos sendo escanteados e, talvez, até absorvidos rapidamente em detrimentos de outros: a raiva que Starlight (Erin Moriarty) sente de Abissal (Chace Crawford) ou Butcher sentar e concordar em alguma coisa com Homelander (Antony Starr), ignorando o conflito entre os dois.
É torcer para que as novidades da série não apaguem o que ela já construiu. Mudar os quadrinhos é um problema muito menor do que esquecer como e porque estes personagens foram criados. É torcer para que a Amazon siga surpreendendo positivamente.
Nota: 8
Confira o trailer da terceira temporada de The Boys:
