Victoria Neuman (Claudia Doumit) e Sister Sage/Mana Sábia (Susan Heyward) ainda não tinham recebido todas as camadas que o sexto episódio da quarta temporada de The Boys, Dirty Business, deu às personagens. Se a candidata a presidente tem etnia árabe (embora a atriz Claudia Domit seja australiana) e a mulher mais inteligente do mundo seja negra, as duas toparam sentar à mesa com o pior exemplo de norte-americanos do mundo.
++ Leia Também: Como a série usa a música em sua jornada
Se Victoria está acostumada a lidar com as variabilidades do poder, sua aliada explica seu ponto de vista sobre o mundo e como a vida inteira precisou lidar com a incapacidade de homens brancos em aceitar sua capacidade e a questiona-la. Isso afetou sua forma de ver o mundo a tornando mais cínica, fria e insensível a questões que afetam outras pessoas da mesma cor que ela.
Embora The Boys não tenha descrito nenhuma das duas como heroínas na trama, Dirty Business coloca como elas estão em uma posição perigosa e solitária onde o tempo todo precisam se esforçar muito para se manter no mesmo lugar. Ao mesmo tempo, elas sempre serão enfrentadas e vistas como traidoras por quem seriam seus principais aliados. Claudia já disse como sente falta da amizade de Hughie (Jack Quaid) enquanto Sister Sage/Mana Sábia vivia uma vida solitária e agora precisa se equilibrar o tempo todo entre a instabilidade emocional perigosíssima de Homelander (Antony Starr) e não ser morta por Billy Brutus (Karl Urban) e a última linha de defesa da humanidade.
No mundo real, há pessoas negras, gays e queers e de outras minorias que se aliam e promovem à extrema-direita, seja por busca de poder, popularidade ou influência. Raramente são histórias que terminam tão bem sucedidas quanto o lado branco do alt-right como vimos no caso do ministro da educação, que acabou com a falsa vida acadêmica exposta, e alguém que se mata por não se aceitar como é. The Boys acerta mostrar que mais do que uma vida difícil, é uma vida que não vale a pena para ninguém.