Sucesso da Netflix, a série Cursed busca ser uma versão feminista e teen da lenda do Rei Arthur. Para muitos, pode ser o primeiro contato com o mito, mas o ciclo arturiano é uma das histórias mais contadas que cinema, literatura, teatro e TV já fizeram.
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Listamos aqui algumas produções que adaptam a lenda do Rei Arthur para você conferir.
Merlin & Arthur: Um Sonho de Liberdade
Vera Holtz é Merlin em uma peça que conta a lenda do rei Arthur com músicas de Raul Seixas. Parece loucura? Merlin & Arthur: Um Sonho de Liberdade foi o grande musical de palcos brasileiros em 2019. Infelizmente, com a pandemia do novo coronavírus, o covid-19, a peça não tem indicações de retorno. Entretanto, há um ensaio disponível no youtube.
Fica a saudade e o desejo de rever este espetáculo.
A Espada era a lei
A animação de 1963 é tão conhecida do público que a Disney produz uma versão live action da história mesmo mais de 60 anos depois de seu lançamento. A história é baseada na série de livros O Único e Eterno Rei, de Terence Hanbury White, sobre o rei Arthur. A Disney adquiriu os direitos da história em… 1939, 24 anos antes do lançamento! A Espada era a Lei foi o 18º longa-metragem de animação dos estúdios Disney e lançado no Natal.
O filme está disponível no Youtube.
As Brumas de Avallon
Com a premissa de recontar a história da távola redonda do ponto de vista das mulheres, os quatro volumes de As Brumas de Avalon (A senhora da Magia, A grande Rainha, O Gamo-Rei e o Prisioneiro da Árvore) foram lançados em 1983. O romance cobre um período de 70 anos ou mais, da infância à velhice de Morgana, que nessa versão é sacerdotisa celta e irmã de Arthur por parte de mãe.
As intrigas palacianas, o cotidiano de fiar, tecer, casar, parir, e a busca transcendental das mulheres por agência, independência e poder são contadas através dos pontos de vista de Igraine, Viviane, Morgause, Gwenwhyfar (a princesa que casa com Arthur em casamento arranjado), Niniane e Nimue (que é justamente a personagem principal em Cursed), mulheres que transitam entre o ainda nascente cristianismo – com seu modo de vida focado na contenção dos instintos, no controle da paisagem e dos ciclos naturais e na masculinidade como sinônimo de valor – e as crenças pagãs e matriarcais, onde magia, sexo e natureza se unem e se ocultam nas brumas encantadas da Ilha de Avalon, sede da fé antiga liderada pela Senhora do Lago e pelo Merlim da Bretanha (aqui o nome funciona como cargo e não um indivíduo).
É possível encontrar esta versão literária do mito do Rei Arhur em sebos e livrarias.
Excalibur
O filme de 1981, ano que o Flamengo se sagrou campeão mundial, é um clássico e ideal para quem quer conhecer a versão clássica do ciclo arturiano. O roteiro de Rospo Pallenberg foi baseado em Le Morte d’Arthur, do romancista inglês Thomas Malory. A direção é de John Boorman, que chegou a planejar uma adaptação de O Senhor dos Anéis que não foi adiante e acabou usando o material pré-produzido no filme. Excalibur conta o mito recorrente de que Camelot foi uma cidade ideal destruída pelas falhas humanas de seus dois maiores heróis: Arthur e Lancelot.
Excalibur tem também o ator escocês Nicol Williamson na encarnação definitiva do mago Merlin. Note que Nimue e a dama do lago quase não têm importância ao contrário do que ocorre na produção com Katherine Langford.
Monty Python: em Busca do Cálice Sagrado
A comédia do grupo inglês é uma versão hilária do ciclo arturiano que todo mundo já viu em forma de memes. Conferir o filme completo, entretanto, é fundamental para entender como o humor britânico ganhou o mundo na sua lenda mais pop. Só para haver uma ideia: no rotten tomatoes alcança 97% de aprovação.
O filme está disponível na Netflix.
As Aventuras de Merlin
Pela primeira vez, uma produção focada em desenvolver quem seria o jovem Merlin, mago mais poderoso da cultura pop. A série britânica da BBC teve cinco temporadas e uma legião de admiradores acompanhando a jornada do início da relação entre o feiticeiro e o rei Arthur. E sem muitas referências a Nimue também…
Série disponível na Netflix.
(Colaborou Eva Miranda)