Foi muito difícil largar A Rede de Alice para ir ao banheiro, comer ou dormir. A sensação lendo o romance de ficção histórica de Kate Quinn foi de estar diante de uma história que acontecia em tempo real e que dependia que eu devorasse o livro o quanto antes ou nenhuma das personagens fascinantes da autora conseguiria realizar seus objetivos. Romance ideal para inaugurar nosso mes de maio.
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Entre a primeira e a segunda guerra, pessoas desapareceram e histórias não foram contadas. A jovem Charlie St. Clair parte numa busca desesperada para encontrar sua prima desaparecida Rose, renegada pela família quando, assim como ela, descobriu uma gravidez prematura. Sua investigação a leva a Eve Gardiner e, a partir daí, a história se divide em dois pontos: 1947 quando as duas buscam Rose e 1915 quando a jovem Eve entra na Rede de Alice, misterioso grupo de espiões no front da guerra, almejando fazer a diferença na primeira guerra mundial.
O estilo ágil de Quinn te leva a duas épocas e conflitos bastante diferentes entre si. Fala-se pouco da Primeira Guerra Mundial da mesma forma que há pouca novidade na Segunda. Mas a autora consegue preencher estas lacunas com uma pesquisa vigorosa que traz personagens reais subvertidos em uma ficção maravilhosa cheia de reviravoltas verossímeis. No fim, a escritora escreve uma carta criticando a falta de atenção às histórias das espiãs dos conflitos e talvez valha a pena acrescentar a falta de atenção que estamos dando a um livro tão bom.
A Rede de Alice: capa em inglês de um livro extraordinário e que você deveria lerComo você já deve ter notado, o romance é centrado em duas personagens femininas e repleto de verdadeiras heroínas. Em um tempo que se reclama tanto da falta de boas histórias de mulheres na guerra que vão além do esperar pela volta dos soldados, este é, sem dúvida, um grande e bom exemplo de uma excelente história. É muito fácil ficar fã da autora a partir daqui.
Se você procura alguma novidade ou um presente relacionado a ficção histórica, A Rede de Alice é um tiro certeiro. Certamente, vamos falar da autora por aqui novamente.
Nota: 10
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