Foi um longo tempo, mas The Sandman finalmente chegou na Netflix e é tudo o que os fãs esperavam e um pouquinho mais. Fiel ao arco Prelúdios Noturnos, a série produzida e escrita por Neil Gaiman também se dá o direito de mudar detalhes e direções de personagens, o que faz todo sentido se lembrarmos que é outra mídia em relação às histórias em quadrinhos. A plataforma de streaming acertou em cheio.
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The Sandman se inicia quando a misteriosa Ordem dos Mistérios buscar os elementos necessários para um poderoso e antigo feitiço que poderia aprisionar a própria morte. Porém, a realização do feitiço ocorre no mesmo tempo em que o Morpheus (Tom Sturridge), a entidade que comanda o Sonhar, está no nosso mundo no encalço de Coríntio (Boyd Holbrook), um Pesadelo que escapou de seu reino. Com esta coincidência, o encanto converge para aprisionar o perpétuo errado e o Sonho passa quase um século aprisionado e se recusando a atender os caprichos dos ocultistas que lhe prenderam inadvertidamente.
Nada dá certo ou errado por completo e é difícil achar algum defeito em Sandman. Com atuações brilhantes que passam, principalmente, por Sturridge, Kirby Howell-Baptiste (Morte) e Gwendoline Christie (Lúcifer). Também vale falar de Lucienne, que nos quadrinhos era Lucien e aqui é interpretada por Vivienne Acheampong que deu novos contornos a personagem que cuida da biblioteca do Sonhar. O resultado é uma criação de Sonho muito mais interessante e cheia de conflitos e emoções na série assim como Desejo (Mason Alexander Park) e Rose Walker (Kyo Ra).
O texto da produção também faz jus à História em Quadrinhos, que chegou a ser descrita como literatura em um elogio ambíguo de cadernos literários. Sandman só prova que as histórias de Neil Gaiman são maiores do que qualquer preconceito e merecem a atenção de todxs que amam boas histórias e bons personagens.
É neste espaço entre ser fiel à Graphic Novel e mudar para surpreender ou adaptar, que Sandman se encaixa para todos os públicos na jornada mágica de um ser mitológico que precisa aprender que suas ações têm consequências. E que deve se importar com o próximo mesmo que sejam aparentemente tão menos importantes do que ele numa escala cósmica. Sem nenhum panfletarismo edificante, é uma série para ser vista e revista como uma certa história em quadrinhos. Valeu a pena esperar.
Nota: 10
Confira o trailer da série:
https://www.youtube.com/watch?v=fUg4xE-7LyM