Rua do Medo: 1994 – Parte 1 pode até parecer um filme de terror para jovens. Seus protagonistas estão todos caracterizados como adolescentes e a direção e conflitos parecem típicos de filmes de terror teen. Há, porém, uma diferença fundamental. A produção da Netflix dirigida por Leigh Janiak só vai parecer diferente para adultos de 30 anos ou mais que cresceram assistindo filmes de terror como Pânico ou Sexta-Feita 13.
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Em uma pequena cidade nos Estados Unidos, assassinatos ocorrem de forma regular ao longa das últimas décadas com uma constante: os assassinos são sempre pessoas de quem ninguém esperava um crime. Em 1994, o ciclo recomeça mas um grupo de adolescentes parece perceber que há algo errado com antecedência bem no meio da descoberta de sua própria sexualidade, amores e caminhos para a maturidade.
A resenha continua depois da imagem, mas com spoilers.
De cara, Rua do Medo: 1994 – Parte 1 nos apresenta Heather vivida por Maya Hawke que é brutalmente assassinada nos primeiros minutos do filme. É uma referência quase óbvia a Pânico 1 em que a primeira vítima foi uma personagem interpretada por Drew Barrimore. Ou seja, o nome mais midiático é a primeira vítima como uma forma de surpreender o espectador e avisar: ninguém está a salvo. A produção da Netflix não para por aí e mata boa parte dos personagens que nos envolvemos gerando surpresa e interesse para a próxima continuação.
Porém, como uma história original Rua do Medo: 1994 – Parte 1 tem pouco a acrescentar ao gênero. Repleto de referências a outros filmes muitas vezes acaba ofuscando a falta de profundidade da própria história e a banalidade de sangue, morte e closes com música alta para assustar. É difícil acreditar que uma pessoa acostumada ao gênero se assuste, mas pelo menos vai relembrar os clássicos trilher.
Nota: 7
Confira o trailer do filme:
https://www.youtube.com/watch?v=ZoVM-Ol_7O4