(L-R): Gemma Chan and director Chloé Zhao on the set of Marvel Studios' ETERNALS. Photo by Sophie Mutevelian. ©Marvel Studios 2021. All Rights Reserved.

Representação feminina diminui na direção de filmes com maior orçamento

Apenas 12% dos 100 maiores filmes de 2021 tiveram uma mulher na cadeira de diretor

Os cem maiores filmes em arrecadação do ano passado tiveram menos diretoras do que o mesmo número de 2020.  Apesar de Nomadland, dirigido por Chloé Zhao, ter vencido o Oscar de melhor filme e melhor direção a situação de mulheres continua piorando de acordo com o estudo anual Celluloid Ceiling, do Centro Para Estudos Sobre Mulheres em TV e Cinema, divulgado pelo The Hollywood Reporter.

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Mesmo ampliando o universo de filmes o cenário não melhora. Entre os 250 filmes de maior orçamento do ano passado, apenas 17% tiveram mulheres dirigindo. Um ponto a menos do que 2020. Ou seja, mesmo com várias mulheres dirigindo filmes que participaram da cerimônia do Oscar, sua quantidade ainda é bem inferior aos homens. “Basear nossas percepções sobre como elas estão se saindo nas merecidas vitórias de algumas poucas mulheres de destaque podem nos levar a conclusões imprecisas sobre a situação feminina no emprego”, explicou a fundadora e diretora-executiva do Centro de Estudos, Martha Lauzen, sobre esta contradição.

Outra mulher desponta como favorita para o Oscar. The Power of The Dog, da diretora Jane Campion, lidera as apostas da próxima cerimônia, mas sua vitória pode apenas esconder uma tendência quase secular do cinema norte-americano e mundial.

No set de filmagem a situação segue estável: ruim. Mulheres ocupam apenas 21% de vagas de trabalho dos cem maiores filmes e 23% dos 250 maiores. São os mesmos números de 2020, o que também não deixa de ser uma má notícia apesar de vitórias como Emerald Fenell pelo roteiro de Bela Vingança.

O número de mulheres roteiristas permaneceu exatamente igual a 2020: em 17%. Editoras (22%) e diretoras de fotografia (6%), mas aumentou em outros cargos. As produtoras foram de 30 para 32%, produtoras-executivas de 21 para 26%. Vale lembrar que em boa parte destes filmes, a produção-executiva tem mais poder sobre a versão final do filme do que a direção.

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