REINO DO AMANHÃ

“Reino do Amanhã” definiu futuro distópico de heróis

Lançada nos anos 90, O Reino do Amanhã é até hoje uma referência marcante para a DC Comics, estabelecendo as raízes de um futuro distópico de seus maiores heróis. Nesta era, um Superman envelhecido, aposentado e recluso, convive com outros heróis que perderam o respeito pela humanidade. Isso obriga os antigos heróis a retornarem a ativa para pôr um fim aos atos violentos cometidos por seus sucessores.

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Não era uma época fácil, como o Vortex Cultural lembra. Quando Alex Ross ainda trabalhava em Marvels, publicada em 1994, decidiu criar uma “grande obra” similar com os personagens da DC Comics. Ele escreveu um esboço e apresentou a ideia à editora, como um projeto similar a Watchmen. Waid, recomendado devido à sua forte familiaridade com a história dos super-heróis da DC, entrou no projeto.

Aos olhos do pastor Norman McKay (o modelo foi o próprio pai de Ross), conferimos como Kal-El decide retomar sua trajetória como o maior herói da Terra e salvar a humanidade. Mais uma vez, talvez dela mesma. Seu conflito particular é seguido também pelos demônios interiores que a Mulher-Maravilha, Batman e, é claro, o Capitão Marvel enfrentam durante a trajetória de sua história.

A única crítica viável de O Reino do Amanhã é que se transformou em um cânone difícil de ser superado. Ainda hoje, há insinuações sobre o futuro deste ou daquele herói que apontam para o cenário cravado por Ross e Waid. Em que se pese a ligação com a concepção dos heróis, se ignora que é uma graphic novel sobre fé. Mas não em Deus apenas, mas no próximo e em si mesmo.

Afinal, onde mais estaria a divindade?

Reino do Amanhã foi publicada em quatro formatos diferentes no Brasil: a primeira, pela editora Abril em 1997, em quatro edições quinzenais. Em 1998, uma versão encadernada pela mesma editora em um volume único. Também foi publicada pela Panini Comics, após adquirir os direitos de publicação da DC Comics no Brasil, no em 2004. A editora Panini republicou a história em uma ‘edição definitiva’, em 2013, contendo mais de trezentas páginas, com extras.

Nota: 10

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