Depois de muito drama nos bastidores, como expliquei aqui, Rat Queens voltou a ser produzida. Para dar uma repaginada, o autor incluiu uma nova personagem fixa no grupo, a orc Braga, além das já conhecidas Hannah, uma elfa necromante, Violet, uma guerreira anã de um clã de ferreiros, Dee, uma sacerdotisa ateia originária de uma religião bizarra e Betty, uma espécie de hobbit ladina.
spoiler free
O volume 4 traz justamente essa mudança, e não retoma de onde o volume 3 parou. Há um salto no tempo que, pelo menos nesse volume, ainda não está explicado o que aconteceu exatamente. Mas o pai de Hanna agora vive com as Queens, fazendo um papel próximo a dono de casa.
Nessa coletânea de 5 edições, temos um arco de uma quest que envolve não só as Queens, mas também um grupo formado pelo irmão de Violet, o que também serve de pretexto para melhor explorar o passado da personagem. Como fã do trabalho anterior, e de uma certa continuidade em histórias, preciso dizer que para mim o v
olume 4 não faz jus a tudo que foi feito anteriormente. A adição de Braga foi muito boa, uma excelente ideia, porém, é como se a história começasse novamente do zero quando escolhem não terminar o arco anterior.
A sensação que dá é que o leitor pulou alguns volumes. E isso não é legal.
No mais, o arco apresentado aqui, apesar de ter os seus pontos interessantes, não chega perto da diversão e adrenalina dos anteriores, o que é um balde de água fria num momento muito delicado da série. Afinal, ela ficou algum tempo sem ser publicada e teve sua imagem bastante abalada com as questões internas da sua produção.
Apesar de eu pretender ler os volumes seguintes, confesso que minha animação diminuiu muito. Vamos ver se os próximos volumes serão capazes de reverter essa tendência.
Nota 6.