Se toda quarta-feira, a Disney+ tem Loki a Netflix responde com Ragnarok, que tem o mérito de trazer a visão da Noruega sobre sua própria mitologia. Depois da primeira temporada, tivemos a expectativa de como Magne (David Stakston) assumiria seu papel como defensor da natureza e matador de gigantes do gelo, nesse sentido a série talvez decepcione um pouco.
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Como vimos na season finale, Magne derrota Vidar (Henriette Steenstrup) e se firma como contraponto a misteriosa família que domina a pequena Edda há décadas. Porém, nada disso parece valer a pena se a sua vida pessoal piora e seus problemas parecem maiores do que os poderes do deus do trovão podem suportar. Mesmo descobrindo que ele não é o único asgardiano reencarnado, o jovem aprendiz de Thor questiona seu papel diante de um caminho digno de deuses.
Se este drama parece familiar com a primeira temporada, você acertou. A segunda temporada de Ragnarok tem um ritmo lento demais aparentemente para garantir que sobre uma história para uma sequência. São seis episódios sobre a criação de um novo Mjolnir, mas há idas e vindas como uma novela cheia de dramalhão repetitivo. Os personagens se enganam ou parecem bobos demais dependendo do que o enredo demanda. Soa forçado.
Como agravante, se você conhece alguma coisa de mitologia nórdica começa a adivinhar o que vai acontecer. Era óbvio que aquele ali era filho daquele, que aquela criatura está destinada a matar o outro ali e por aí vai. Se Ragnarok começou como uma história que misturava dramas adolescentes com deuses nórdicos, agora parece ser mais uma espécie de Malhação com deuses nórdicos. Tomara que os produtores consigam a terceira temporada que almejam e que a série volte a entregar o que deu na primeira temporada.
Nota: 7
Confira o trailer da segunda temporada de Ragnarok:
https://www.youtube.com/watch?v=Zyixk_sKnYk&feature=emb_title